A revolução da evolução
Sabemos que nossas ações cotidianas não são, como pensávamos antes, inofensivas. Transformamos-nos em seres extrativistas sem limites, fazendo do planeta Terra o que quisemos.
O ser humano é o único animal que consegue acabar com todas as espécies, além da sua. Estamos eliminando espécies animais como se tivessem sido criadas para servir-nos. Segundo um estudo científico de pesquisadores canadenses e americanos, divulgado pelo prestigiado jornal Sciense, se nada for feito imediatamente, em 50 anos não existirá mais peixes nos mares. O mais triste é que as matérias que trataram desse assunto mostraram muito mais donos de restaurantes e admiradores gastronômicos preocupados com o fim de parte de seu cardápio. Ou seja, a possível extinção dos peixes só representa a falta de um ingrediente culinário e não a morte e inexistência de seres vivos mais antigos que a nossa própria espécie. Este foi só um exemplo, já que muitos animais são tidos como produto, rotulados como inferiores aos seres humanos.
Em conseqüência desta nossa percepção de vida e sua banalização, chamo atenção para o pior problema ambiental vivido. Não é de hoje que somos alarmados quanto à seriedade dos problemas decorrentes do aquecimento global. Porém, só agora passamos a sentir seus efeitos e a destinar mais crédito a seu potencial. E quantos de nós estamos preocupados o suficiente para repercutir em ações significativas?
É urgente e não é ficção. Segundo o cientista inglês James Lovelock, se nada mudar agora, em 30 anos 80% dos seres humanos pode desaparecer e teremos pouquíssimos lugares habitáveis no planeta. O Brasil será inabitável, extremamente quente e seco.
Devemos mudar nossos hábitos de consumo agora. Economizar recursos naturais. Usar água de chuva para descarga, limpeza de quintal e calçada, por exemplo. Devemos economizar energia – buscar aplicação de energia solar em casa, desligar sempre as lâmpadas e aparelhos eletrônicos quando não utilizados. Economizar combustível – usar menos carro, pois libera gás que prejudica o efeito estufa e buscar informações sobre biocombustível. Principalmente, e com muito rigor, devemos cobrar mais de nossos governantes, os quais buscam crescimento econômico sem pensar com cautela o quanto indústrias poluem e acabam com terras. Nossas florestas estão desaparecendo para darem lugar aos pastos e soja que serve, especialmente, a rações de gado. Segundo o jornalista e estudioso ambiental Washington Novaes, 65% das emissões de gases liberadas pelo Brasil é decorrente das queimadas, em especial na Amazônia. E grande parte de um deles, o metano, é liberado pelos rebanhos. Um relatório da ONU recém publicado, afirma que os rebanhos poluem mais que os carros.
É necessário que fiquemos atentos e passemos a pesquisar sempre sobre como podemos colaborar para reduzirmos nossas emissões de gases prejudiciais e agravantes.
Devemos usar nossa capacidade
intelectual e racional para vivermos de forma sustentável
e nossa capacidade emocional para deixarmos de nos sentirmos
donos do mundo, mas somente parte dele.
O planeta Terra é sábio
e, acredite, muito mais evoluído. Pode nos eliminar
quando bem entender. Aliás, já mostra
que o vem fazendo em ritmo acelerado. Ele está em
revolução para conter a devastadora evolução
dos seres humanos.
Paula
Schuwenck
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