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O GOLPE DOS BIOCOMBUSTÍVEIS, ESCASSEZ DE COMIDA E 15 anos 11 meses atrás #1487

  • Leo B
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O GOLPE DOS BIOCOMBUSTÍVEIS, ESCASSEZ DE COMIDA E A EMINENTE CRISE POPULACIONAL

Foi uma das “idéias verdes” mais idiotas já propostas: converter milhões de hectares de plantações em terra para o cultivo do etanol do milho, depois gastar combustível fóssil para obtê-lo, gastando-se mais energia para extrair o combustível do que se obtém do próprio combustível! Enquanto isso, acomode-se e diga a todo mundo que grande “vitória verde” você obteve, ao mesmo tempo causando perigoso aumento no preço dos alimentos, o que causa um “efeito ondulatório” de escassez de comida e racionamento ao redor do mundo.

Eu acho que os políticos devem passar menos tempo se gabando de seus esquemas de “lavagem vegetal” (em alusão a lavagem cerebral) e mais tempo estudando A Lei das Conseqüências Inesperadas (“The Law of Unintended Consequences”). Porque “cultivar combustível”, a princípio, soa como uma grande idéia, mas qualquer avaliação do impacto total leva à conclusão de que o biocombustível é um grande golpe patrocinado pelo governo. Com poucas exceções (vide abaixo), biocombustíveis não produzem aumento líquido na produção de energia, e causam escassez de alimentos enquanto criam enormes incentivos para a destruição das florestas tropicais e equatoriais de que tanto precisamos para estabilizar o clima.

E agora estamos apenas começando a ver os sinais precoces da insanidade mental e econômica causada pela fútil busca por biocombustíveis ao redor do mundo: racionamento de comida nas lojas da Sam’s Club nos EUA, rápido aumento do preço do pão, arroz e milho e aumento dos preços em cafeterias e restaurantes que dependem desses ingredientes básicos. O preço do arroz já triplicou globalmente, causando revoltas no Haiti e em Bangladesh, e a ONU alertou para os milhões que estão à beira da fome total por simplesmente não ter dinheiro suficiente para comprar comida. Os norte-americanos começaram a guardar comida novamente, após anos sem tomar medidas preparatórias.(Um benefício de tudo isso é, no entanto, que os fazendeiros estão recebendo bem por suas plantações, após anos trabalhando sob risco de falência...)

A MAIORIA DOS ESFORÇOS PRÓ-BIOCOMBUSTÍVEIS É FACHADA

Nem todas as insurgências dos preços são efeito direto da conversão de campos de plantações em campos de combustíveis, mas grande parte é. Como resultado, está se tornando óbvio para quase todos que a busca pelos biocombustíveis, do modo que se faz, é um grande esquema de “lavagem vegetal”. Não produz mais combustível que consome e eleva demasiadamente os preços.
Há exemplos de biocombustíveis que funcionam. O caso da cana-de-açúcar no Brasil, por exemplo, gera retorno energético na proporção de 8-1 para o investimento. Mas mesmo esse bom exemplo é manchado pelas acusações de péssimas condições de trabalho e grande poluição (pela queima que precede a colheita).

A única realmente promissora tecnologia de biocombustível disponível hoje é baseada em microalgas. Forneça CO2 para algas e você produz biocombustível barato e ecologicamente responsável, sem nenhum tipo de perda para o meio ambiente. Mas esses programas ainda estão em fase experimental. Não se produz biocombustível em larga escala a partir de algas (pelos menos até agora).

Resta a região fértil para grãos americana (talvez um “graneiro”): os campos de trigo e milho. Aqui é onde a comida é substituída por combustível, onde a produção é transformada em biocombustível. Onde antes um fazendeiro cultiva milho como alimento, agora cultiva plantações cuja colheita será vendida para usinas que processarão esse milho, transformando-o em etanol. Obviamente, aqui entram as leis da economia, significando que para cada punhado de milho usado para produção de combustível significa um punhado a menos de milho disponível como comida. Aplique as leis de oferta e procura e você verá que quanto mais plantações forem usadas para combustível, maior será o aumento no preço dos alimentos.

Políticos parece que não entendem de economia. Eles precisam estudar o básico como está representado no livro de Henry Hazlitt, Economia em uma lição (Economics in One Lesson), que é um guia com ponto de vista libertário onde se explica o básico de economia para quem quer aprender. Economia se foca no estudo do comportamento humano ou, mais precisamente, na escolha do consumidor. Agora, parece-me, consumidores estão para se deparar cm uma escolha que nunca quiseram fazer: devo comprar comida ou combustível?

Em outras palavras: Quero dirigir meu carro ou quero comer?

VOCÊ PODE TER COMIDA OU COMBUSTÍVEL, MAS NÃO AMBOS

Sob uma política agrária focada em biocombustíveis, os mesmos recursos limitados (solo, luz do sol e água, essencialmente) podem ser usados para apenas uma coisa de cada vez. Não se pode usar o milho duas vezes, obviamente (não se comê-lo e processá-lo para biocombutível ao mesmo tempo), então se tem que fazer uma escolha: o milho cultivado será para comida ou combustível?

Quanto mais se cultiva combustível, é claro, menos comida haverá, e isso aumenta seu preço. Mas se for cultivado mais milho para amenizar o preço da comida, o preço do combustível, sobe. Tentar resolver ambos os problemas de uma vez é como tentar pegar semente de melão com os dedos: escorrega para os lados.

Algo que ficou bem claro é que era de comida e combustível baratos acabou. Escrevi sobre isso em WWW.natural.news.com, onde usei o termo “food bubble” (bolha de comida) para descrever a era mais recente de comida barata. Quem faz possível esse reduzido preço, surpreendentemente ou não, é o petróleo barato, e agora com o barril na faixa de US$ 120 (um preço que virtualmente ninguém pensava atingível dois anos atrás), o preço da comida dispara. (Práticas agrárias modernas usam bastante combustível fóssil. Como o faz também transportar comida pelo país. Comam localmente!)

Adicione a essa equação a mudança climática iminente, alterando padrões de clima e criando enchentes, secas e outras calamidades agrárias e você começa a enxergar o quão ruim as coisas podem ficar. Para não mencionar seriíssimo problema de baixas nas populações de abelhas causadas por uma doença misteriosa chamada distúrbio da destruição de colônia(colony collapse disorder, que devasta populações de abelhas ao redor dos EUA enquanto você lê esse artigo. Abelhas, caso não saiba, polinizam plantas que representam 30% das calorias consumidas neste país (EUA). É mais ou menos uma de cada três mordidas do seu jantar, e tudo depende no trabalho “de graça” executado pelas abelhas – que aparentemente entrarão em greve e se recusarão a trabalhar para nós.

PREPARE-SE PARA A FOME GOLBAL

Então, enfatizando, a bolha agora começa a implodir. O que tudo isso significa? Significa que ao passo que essas realidades econômicas e climáticas se estabelecem, nosso mundo se defronta com a fome e a escassez de alimentos. O primeiro lugar onde se sentirá será em países de terceiro mundo. É lá onde pessoas vivem no limite econômico, em que até um mero aumento de 20% nos alimentos básicos pode pôr calorias significativas fora do alcance de dezenas de milhões de famílias. Se algo não for feito para ajudar essas pessoas, morrerão de fome.

Nações ricas como EUA, Canadá, Reino Unido e outras serão capazes de absorver os aumentos, portanto você não verá epidemia de fome nos EUA dentro de pouco (a não ser, é claro, que todas as abelhas morram; sendo o caso, prepare-se para mastigar seus cadarços...), mas levará a significativos aumentos no custo de vida, molestando consumidores e reduzindo a quantidade de dinheiro disponível para outras compras (como férias, carro, combustível, etc.). Isso, certamente, pressionará a economia nacional.

Mas o que vemos agora é apenas um anúncio do que está por vir nas próximas décadas. Pense: se apenas essas pequenas mudanças climáticas e errôneas políticas de biocombustíveis já desencadearam aumentos alarmantes no preço dos alimentos, imagine o que veremos quando o preço do petróleo decolar e as reservas globais começarem a minguar. Quando a gasolina chegar a US$ 10 o galão (4,55 litros) nos EUA, quão cara será a comida pelo mundo? A resposta, evidentemente, é que será o triplo ou quádruplo do preço atual. E isso significa que mais pessoas perecerão de fome.

Combustíveis fósseis não são o único fator limitante que ameaça as reservas de alimentos em nosso planeta: também há a água fóssil. É a água bombeada dos lençóis freáticos à superfície para se irrigarem as plantações, para depois se perder em evaporação. Países como China e Índia dependem fortemente dessas águas parra irrigar suas plantações, e, não surpreendentemente, o nível dessas cai regularmente. Em mais alguns anos (apenas cinco em alguns casos), simplesmente secarão, e as plantações que alimentavam uma nação... Epidemia de fome ficará em período de encubação por alguns meses, para depois se instalar de vez. Pense na Coréia do Norte após um período de enchentes. Talvez 95% da população humana estejam apenas a uma colheita da fome total.

O PLANETA TERRA ESTÁ COM CARGA MÁXIMA

A verdade sobre tudo isso é que os recursos do nosso planeta só comportam uma limitada população, e acho que sobrepovoamos até um ponto em que estamos esgotando recursos não renováveis a uma taxa alarmante. Isso significa que uma correção populacional é iminente. Quando há muitas pessoas consumindo muita comida, gastando muita água e queimando muito petróleo, conseguimos nos safar com uma rápida expansão por certo tempo (duas décadas, talvez), mas eventualmente a realidade vem à tona e haverá correção populacional que reduzirá o tamanho de nossa população a nível suportável para nosso planeta.

Não é um pensamento bonito. Estamos falando da perda de bilhões de vidas humanas, talvez mais. Isso é que está por vir. É tão previsível como as leis da gravidade. Quando se sobrepovoa e planeta se usam todos seus recursos, a população viverá uma pane de suprimentos e mortes em massa seguirão. Você pode observar a mesma coisa com colônias de bactérias num meio favorável a seu crescimento. Elas se expandirão a taxa acelerante, multiplicando-se até que os nutrientes acabam, para depois morrerem aos montes.Você pode argumentar que humanos são mais inteligentes que bactérias, o que é verdade, mas como níveis atuais demonstram claramente, não são mais sábios. Continuam a se condenar ao mesmo destino estúpido por se recusar a avaliar suas ações no longo prazo.

Humanos são ótimos em fazer bebês e comer, mas são péssimos em pensar nas conseqüências no curto prazo de seus atos. É por isso que as mentes brilhantes do controle populacional chamam os humanos de ”comedores e procriadores” (“feeders and breeders”). Essas são duas das poucas coisas que os humanos fazem bem: fornicar e limpar o prato. (Não necessariamente nessa ordem.)

A economia de nosso mundo tem-se, infelizmente, baseado em modelos econômicos que incentivem fortemente esse tipo de consumo e crescimento. Vivemos numa “economia descartável”, em que as pessoas são incentivadas a consumir e gastar ao máximo. Nenhuma corporação ganha dinheiro ensinando as pessoas a consumir menos. E então forçamos um rápido crescimento desde os a década de 1950: construa mais, coma mais, consuma mais. Transformamos terras agrárias em loteamentos para casas e florestas em campos de biocombustíveis. Nós pescamos demais nos oceanos, abusamos dos solos e nos estendemos a tal ponto que uma correlação populacional é inevitável. Nós, a raça humana, nos colocamos numa posição perigosíssima e a verdade é que a menos que encontremos nova tecnologia de energia que nos proveja barata e abundantemente, nos encaminhamos para uma implosão populacional que matará bilhões.

E biocombustíveis, obviamente, não são solução para o problema. Não se pode plantar milho o suficiente para resolver o problema de uma raça de imperialistas (somos nós, humanos) que dominaram o planeta como um tumor, eliminamos inúmeras espécies, destruímos enormes porções de floresta tropical, envenenamos oceanos e rios, poluímos o céu e, em cada oportunidade que tivemos, traímos a Terra nos deu abrigo em primeiro lugar. Os humanos podem trair a Mãe Natureza por certo tempo, mas no fim pagaremos o preço por nossa arrogância, ganância e falta de visão. A raça humana é mandada ao jardim de infância, onde precisa aprender algumas lições básicas sobre viver em harmonia com o planeta. Lições como: não use todos os recurso em apenas algumas gerações.Não pense que é mais esperto que a natureza. E nunca esqueça tudo que a Mãe Natureza faz por nós de graça. (Como polinizar as plantações, produzir oxigênio, limpar ar, água etc. Leia Mycellium Running para aprender mais.)

Com o tempo, ou aprendemos essas lições ou sucumbimos. É simples assim. E todos esses esforços para “salvar o planeta” tão de repente populares que temos visto oriundos das corporações são uma piada. Não podemos salvar o planeta. O planeta ficará bem depois de nos irmos. O que estamos tentando salvar é a civilização humana. A idéia de pensarmos poder salvar o planeta é arrogante por si mesma. Tudo que podemos fazer são respeitá-lo e encontrar maneiras de nele viver como hóspedes que somos de um generoso anfitrião.

Quer os humanos sobrevivam os próximos cem anos ou não, o planeta certamente o fará. E, francamente, estará bem melhor sem nós. Sem os humanos, a Terra tornará a ser pura e cristalina, abundante em vida. Ela não precisa de nós. Mas nós, em contrapartida, precisamos-lhe e muito. A pergunta é: será que podemos tratá-la com respeito? Em caso negativo não ficaremos por tempo suficiente para refletir.

A NATUREZA PRECISA TER DIREITOS JUDICIAIS

Um pensamento final: sou advogado da idéia de que a Mãe Natureza precisa ter direitos judiciais. Acredito que os humanos não a “têm” assim, automaticamente, e que não podem simplesmente derrubar florestas, arrasar encostas de montanhas, pescar os oceanos, construir represas e praticar outros atos destrutivos sem antes receber permissão e pagar royalties a um Representante da Mão Natureza global que luta pelos direitos do planeta.A Natureza não se pode ter nem destruir. Nós, como hóspedes nesse planeta, não temos o direito de nos considerar donos de outros seres vivos desse planeta e explorá-los para ganho financeiro próprio. O modelo “destruir e consumir” do mercado livre é insustentável. Não nos levará a um futuro feliz, levar-nos-á a nossa destruição.

Ou, colocando de outro modo, ao ,longo dos últimos cem anos a humanidade cometeu incontáveis atos de violência contra a natureza. Segui uma política de atrocidades contra a Mãe Natureza – uma espécie de genocídio contra tudo que não é humano (animais, plantas etc. ) . Os humanos se mostraram a forma de vida mais violenta e destrutiva que já houve neste planeta. E combinado à violência, os humanos são uma espécie infantil, com pouco ou nenhum planejamento, desprovidos da habilidade de enxergar possíveis conseqüências de suas ações. Somos, de certa maneira, a mais burra das criaturas inteligentes que já freqüentaram este planeta.

Somos capazes de pôr um homem na lua, mas não conseguimos impedir que nossas florestas sejam devastadas por fazendeiros agropecuários. Conseguimos desenvolver remédios de alta tecnologia, mas somos incapazes de reconhecer os remédios mais efetivos encontrados no dente-de-leão. Conseguimos criar computadores e televisões espetaculares e tecnologias de comunicação, como a internet, que propagam informação ao redor do planeta à velocidade da luz, mas poluímos esses caminhos da informação com propaganda de coisas inúteis e remédios perigosos que só nos pioram como seres humanos. Temos tanto potencial, no entanto fizemos tão pouco. Somos, numa avaliação honesta, uma raça de crianças, correndo pelo planeta com muito poder e pouquíssima maturidade. Somos um bando de bebês com lança-chamas.

Sinceramente, não merecemos este planeta, e a Mão Natureza está para nos tomá-lo. É hora de nós ou crescermos ou perecermos. E todos que dizem “temos que proteger a economia, não o meio-ambiente” deveriam ser mandados para marte, onde poderiam brincar com a poeira marciana até que captem a mensagem.

Mike Adams, www.naturalnews.com/023091.html

E aí? Alguém consegue entender a que ponto realmente chegamos? O quão longe estamos de pasar a respeitar o planeta com as ações dos políticos atuais? Eles nos drogaram, doparam, emburreceram tanto que somos capazes de ficar aqui sentados assistindo à eleição de mais um monstro norte-americano em ano de eleições nacionais. Será que isso é suficiente? A votar eu me refiro. Alguém já ouviu falar em Ron Paul? Senador norte-americano. Pesquisem. Não é aqui que efetuaremos mudanças, porque os políticos de cá têm a quem responder e esses estão lá em cima, nos EUA. Fazem o que lhes mandam.

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