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TÓPICO:

soja 17 anos 3 meses atrás #874

  • DeVegan
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Olá vegetarianos e veganos...

Estava eu nas minhas andanças vegetarianas e veganas pela net, quando me deparei com esse texto correcotia.com/soja/soja01.html
Mesmo sabendo das propriedades da soja, o texto é um pouco assustador...

Consumo muita soja, leite, carne, proteina texturizada, soja em grãos, etc...

Gostaria de esclarecimentos sobre o texto de alguns veganos ou da possibilidade do Dr. Eric me responder também.

abs,
Andreia Dupski :grin:

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Re: soja 17 anos 1 mês atrás #951

Veja a opinião do Dr. Eric sobre soja no link abaixo

www.guiavegano.com.br/forum/viewtopic.php?t=378

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Re: soja 17 anos 1 mês atrás #959

Pergunta enviada por e-mail ao Dr. Eric

Eu peguei o seu e-mail através da revista Vegetarianos e gostaria de tirar algumas duvidas a respeito de fatores nutricionais.

- As opiniões que ouço a respeito do extrato de Soja, por exemplo, são muito diversas e acabam me deixando confusos. Alguns alegam que o extrato de soja pode ser consumido diariamente sem nenhuma contraindicação; porem, por um outro lado, alegam que a acidez da Soja é inviável ao nosso organimso caso consumida todos os dias, ou que ela perde muito de seu fator nutricional em detrimento dos processo que ela enfrenta até ser empacotada e ir pra prateleiras.

Enfim, fico meio confuso quanto a isso... Como usar o extrato de Soja adequadamente ??? Qual das duas opiniões a cima é mais ocerente??

Muito Obrigado.. Até mais.


o processamento de um alimento e a sua posterior estocagem fazem com que ele perca nutrientes, mas fica difícil saber o quanto exatamente, pois vai depender de diversos fatores, como a exposição ao calor, à luz e o tempo de estocagem.

O extrato de soja pode ser utilizado, mas melhor seria utilizar o produto inteiro. Na forma de pó, já há compostos no mercado que são provenientes da soja inteira, não transgênica.
O ideal seria mesmo utilizar os derivados da soja, como o tofu. Nesse caso, os compostos antinutricionais presentes na soja são bastante reduzidos.

A acidez que que os alimentos protéicos podem produzir são um pouco difícil de mensurar.
O importante é que você mantenha a quantidade de ingestão protéica necessária diariamente. O uso excessivo de proteína é que não teria uma consequência boa.
Calcule a sua necessidade de proteínas como 0,8 a 1 grama por kg de peso. Assim, se você pesa 50 kg, deve consumir 40 a 50 gramas de proteína por dia. Verifique no rótulo do produto quanto há de proteína nele.

Atenciosamente
Eric

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Re: soja 17 anos 1 mês atrás #960

Achei um texto bem equilibrado sobre a "Polêmica da Soja" que colo abaixo.


O Globo – Rio de Janeiro – RJ - 18.04.04
A polêmica da soja

www.cfn.org.br/variavel/ultimas/nutricao.../nutri_midia1062.htm

Márcia Cezimbra e Tania Neves

Um alimento perfeito, capaz de fornecer proteínas completas, prevenir câncer e doenças cardíacas, repor hormônios, reduzir colesterol e substituir alimentos alergênicos, entre outras coisas, ou um produto que não traria benefício algum à saúde, um grão antes usado apenas para enriquecer o solo e hoje elevado à condição de alimento coringa devido ao interesse de grandes ruralistas que fazem do Brasil o segundo produtor mundial de soja? No primeiro time formam a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), muitos médicos, nutricionistas e pesquisadores brasileiros. No segundo, alguns pesquisadores estrangeiros, outros médicos e estudiosos brasileiros do tema.

— Há muito tempo se insiste aqui com a soja. Ela, porém, entrou mesmo no cardápio como óleo. Por que introduzir o hábito de comer soja, que não é da nossa cultura, se temos ótimos feijões que já fazem parte do nosso cardápio? — pergunta a pediatra e nutróloga do Ministério da Saúde Clara Brandão, criadora da multimistura, com que a Pastoral da Criança combate fome e mortalidade infantil país afora.

Mas Clara não condena completamente o alimento, já que é a favor da máxima variação possível da dieta. Como filha de japoneses, porém, ela desmente que os orientais tenham melhor saúde por consumirem muita soja, como muitos defendem. Segundo ela, o japonês usa somente a soja fermentada, o missô, o shoyo e um pouco de tofu, sempre associando com outras proteínas.

Médico homeopata de Porto Alegre, José Carlos Brasil Peixoto começou a estudar a soja quando saiu à cata de temas ligados a terapias hormonais que pudesse associar à homeopatia tradicional, uma vez que crescia a queixa de mulheres com desconfortos na menopausa. Chegou a receitar as isoflavonas presentes na soja, mas depois de mergulhar nas pesquisas deparou-se com relatos de estudiosos estrangeiros sobre os antinutrientes do grão. A soja tem fitatos (inibem a absorção de minerais fundamentais), agente groitogênico (inibe hormônio tireoidiano), isoflavonas (imitadores de estrogênio) e inibidores de protease (atrapalham a digestão).

— A soja não é um alimento. Na tradição milenar chinesa havia cinco grãos sagrados e um deles era a soja, mas sua importância estava na propriedade de fixar nitrogênio no solo e beneficiar os cultivos dos outros grãos alimentares. Uns dois séculos A.C., com o emprego de sulfato de cálcio, foram surgindo os fermentados da soja (tofu, missô), que começaram a ser usados como alimentos, sempre com proteína animal associada para evitar que os tóxicos e os antinutrientes deste feijão causassem efeitos negativos nos humanos — afirma o médico.

Pesquisadora da Embrapa Soja, Mercedes Carrão-Panizzi diz que essas são concepções ultrapassadas, e que hoje, com novas pesquisas, constatou-se que os compostos considerados antinutricionais são justamente os que conferem à soja a qualidade de alimento funcional.

— Embora o fitato indisponibilize minerais importantes como cálcio, fósforo e zinco, ele é importante porque funciona como antioxidante, como a vitamina C. Numa dieta balanceada, haverá disponibilidade de minerais, pois uma vez saturados os sítios da molécula de fitato que tenham afinidade com os minerais, o restante dos minerais na dieta ficará livre — diz a pesquisadora. — Já os inibidores de proteases também inibem câncer de cólon, pulmão, pâncreas, boca e esôfago. E as proteínas e as isoflavonas da soja agem sinergicamente na redução do colesterol plasmático.

No restaurante Fontes, em Ipanema, o dono, Flávio Pitanga, incluiu no cardápio pratos com tofu e carne de soja.

— Sei que a carne de soja não é de fácil digestão. Mas para um indivíduo que tenta se livrar da carne vermelha, é um avanço — opina.

Sua cliente Nara Reis come pratos à base de soja por achar que fazem bem, mas não porque sejam gostosos.

— Se bem que essa moqueca de tofu está ótima — garantiu.

A chef Thina Izidoro, do Vegetariano Social Clube, serve no seu restaurante do Leblon o tofu orgânico da Ecobras, o temphê (grão de soja fermentado), o missô e o shoyo. Ela não faz pratos com proteína texturizada de soja, por ser um alimento industrializado.

— Vem de resíduos da extração do óleo e contém solventes e toxinas. É indigesto para o organismo — diz.

A jovem Manoela Dias come soja porque é vegetariana. Sônia Dias optou pelo grão e seus derivados porque, segundo ela, é o que há de melhor para mulheres de meia-idade. A médica Jane Corona confirma. Autora do livro “Menopausa natural”, guia de alimentos, suplementos, ervas e fito-hormônios para homens e mulheres, ela diz que a soja é benéfica para a mulher na menopausa ou perimenopausa, por ter atividade estrogênica:

— Ela ajuda a equilibrar os sintomas desagradáveis da perimenopausa e faz a reposição natural com os fitoestrogênios. Sem contar que as fibras ajudam a equilibrar o intestino e a baixar o colesterol e prevenir doenças cardíacas — diz a médica, que começou a pesquisar a soja em 1996, depois de ter câncer de mama e ficar impedida de usar hormônios sintéticos. — Como a soja não faz parte de nossos hábitos, sugiro que seja introduzida aos poucos e que se faça uso moderado, numa dieta balanceada.

O endocrinologista Ricardo Meirelles, vice-presidente do Departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), afirma que, como alimento, a soja pode complementar a terapia de reposição hormonal da menopausa (TRHM), mas não substituí-la.

— As pesquisas cientificamente mais confiáveis mostram que, mesmo para o tratamento das ondas de calor que tanto afligem as mulheres após a menopausa, seus efeitos são pouco expressivos e muito inferiores aos obtidos com os hormônios femininos.

A nutricionista Liliana Bricarello, do setor de Lípides da Escola Paulista de medicina e membro da diretoria do departamento de Nutrição da Sociedade de cardiologia do Estado de São Paulo, comparou em pesquisa o leite de soja com o leite desnatado de vaca e concluiu que ele é bom para o colesterol: os 60 pacientes submetidos à terapia, durante um mês e meio, tiveram em média aumento de 10% do HDL (colesterol bom) e redução significativa do LDL. Segundo ela, todos os pacientes já estavam em dieta de baixa gordura, não restando dúvida portanto que a alteração dos índices deveu-se exclusivamente ao leite de soja. A nutricionista afirma que, com relação à menopausa, não há estudos conclusivos sobre as isoflavonas diminuírem os sintomas desagradáveis, mas pequenos estudos já demonstraram que o uso da soja reduz o ressecamento vaginal e as sensações de calores em algumas mulheres pesquisadas, mas nem todas respondem da mesma forma.

— Enfim, não é salvação da lavoura, mas é um alimento barato, fonte de proteínas. Comer soja não trará qualquer prejuízo — garante Liliana.

A escritora Sônia Hirsch, que há mais de 20 anos estuda os nutrientes e já lançou vários livros sobre alimentação natural, é das que não se alinham com o entusiasmo pela soja. Ela cita pesquisas internacionais, principalmente as desenvolvidas pelos pesquisadores Sally Fallon e Mary G. Enig, da Weston A. Price Foundation, que condenam todos os produtos à base de soja que hoje movimentam a indústria alimentícia mundial.

— Da soja, fico com o missô, aquela massinha salgada, fermentada, maravilhosa para limpar os intestinos e o pulmão dos fumantes quando usada na sopa em vez do sal; o shoyo; e o tofu, em pequena quantidade, um bom substituto eventual do feijão e do queijo. O feijão de soja é mais pesado que os outros feijões, dos quais temos tantos, mais próprios da nossa terra e da nossa cultura, que não vejo razão para preferir a soja. Os demais subprodutos me parecem desnecessários, incluindo alguns comprovadamente nocivos. Atendem mais à indústria e ao consumismo do que à saúde do freguês — afirma ela. — E em matéria de comida, assim como na vida, seguro morreu de velho!

Os prós e os contras da leguminosa

ANTINUTRIENTES: Uma das maiores críticas de quem é contra a soja tem a ver com os antinutrientes como fitatos, isoflavonas e inibidores de enzimas. Os defensores do alimento alegam que novas pesquisas mostraram a funcionalidade desses componentes, e ainda assim boa parte deles seria reduzida com o cozimento da soja, e o produto não costuma ser consumido cru.

PREPARO: O choque térmico, segundo pesquisadores da Embrapa, reduz os efeitos negativos da soja. Como fazer: jogar os grãos da soja na água em ebulição e deixar ferver por mais cinco minutos. Depois escorrer e lavar em água fria. Descartar a água da primeira fervura e recomeçar o cozimento. Não se deve pôr a soja de molho em água fria, pois o processo libera compostos como aldeídos, cetatos e álcoois, que dão gosto ruim ao grão.

MELHORAMENTO: Segundo a Embrapa, a soja hoje tem sabor mais suave do que antigamente devido ao melhoramento genético feito por meio de cruzamentos naturais de espécies diferentes da leguminosa. Os pesquisadores gastaram 11 anos de estudo para chegar a uma soja mais adequada ao paladar brasileiro e mais própria para a produção do leite e do tofu.

SOJA INDIRETA: Além do grão, da soja fermentada, do tofu, do leite, do farelo e da proteína texturizada, a soja comparece ao prato do brasileiro muito mais do que ele imagina. Segundo o médico gaúcho José Carlos Brasil Peixoto, a indústria alimentícia hoje inclui a soja em sorvetes, bolachas, refrigerantes, pães, massas, salsichas, doces e até na margarina, tornando quase impossível não se comer o produto.

MENOPAUSA: A eficiência da isoflavona na reposição hormonal da menopausa foi pesquisada pela médica Eliana Aguiar, da Faculdade de Medicina de Botucatu, da Unesp, que testou o tratamento em 50 mulheres desaconselhadas a fazer reposição hormonal comum. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, porém, afirma que a soja pode ajudar como alimento, mas as isoflavonas não substituem o tratamento com hormônios sintéticos.

PELE Chefe de dermato-cosmiatria do Hospital da Lagoa, a dermatologista Andreia Mateus diz que estudos sobre a genisteína, presente na soja, constataram que a substância é mais potente que as vitaminas C, E e A na eliminação de radicais livres que causam o envelhecimento da pele.

CÂNCER: Segundo a pesquisadora da Embrapa Mercedes Carrão-Panizzi, Estudos epidemiológicos evidenciaram os efeitos da soja na redução da incidência de alguns tipos de câncer. Nas populações orientais, que consomem soja, há menor incidência de câncer de mama, colo do útero, próstata e cólon. Mês passado, cientistas americanos anunciaram que o consumo de soja reduz o risco de câncer de próstata e combate a calvície. O equol, presente no alimento, funcionaria como inibidor da produção do hormônio DHT, responsável pelo crescimento da próstata e a queda de cabelos nos homens.

INTERNET: Pesquise sobre a soja em www.cnpso.embrapa.br, www.westonaprice.org, www.geoci ties.com/odimelo/saude.html.

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