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O devir dos animais não-humanos em um mundo pós-pandêmico

O artigo "O devir dos animais não-humanos em um mundo pós-pandêmico" aborda a necessidade de uma nova percepção dos direitos dos animais em um contexto pós-pandêmico, adotando uma perspectiva antiespecista. Os principais pontos incluem:

  1. Crítica à visão instrumental dos animais: A literatura e a sociedade frequentemente tratam os animais sob uma ótica de utilidade para os humanos, desconsiderando suas próprias subjetividades e direitos.
  2. Senciência animal: Destaca-se a importância do reconhecimento da senciência – a capacidade dos animais de sentir e experimentar emoções – como fundamento para atribuir-lhes dignidade e direitos.
  3. Dignidade animal e humana: A dignidade dos animais é vista como uma extensão da dignidade humana, baseada na capacidade de experiência consciente. O artigo critica a exclusão dos animais da categoria de sujeitos de direito com base em argumentos arbitrários.
  4. Propostas bem-estaristas vs. abolicionistas: Discute-se a diferença entre as correntes que buscam melhorar o bem-estar dos animais sem romper com sua instrumentalização (bem-estarismo) e a perspectiva abolicionista, que defende a completa eliminação da exploração animal.
  5. Implicações éticas e jurídicas: É sublinhada a incongruência no sistema jurídico brasileiro, que ora trata animais como objetos, ora como sujeitos com interesses próprios, ressaltando a necessidade de mudanças na legislação para reconhecer plenamente os direitos dos animais.
  6. Visão pós-pandêmica: A pandemia é vista como um ponto de inflexão para repensar a relação entre humanos e outras espécies, enfatizando a conexão entre saúde global, ética e preservação ambiental.

O artigo conclui que é essencial reconhecer a individualidade e os direitos dos animais, promovendo um alinhamento ético e jurídico que refute qualquer forma de instrumentalização animal​