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Nutrição

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Betacaroteno

Estou amarelo, doutor? E agora?

Algumas pessoas, especialmente vegetarianos, às vezes reclamam que a pele está mais amarelada, muitas vezes até na palma das mãos.

O que ocorre?

A pele pode ficar amarelada devido a algumas situações.

Deve haver preocupação quando isso ocorre devido a alguma alteração no fígado. Nesse caso, o que ocorre é que as bilirrubinas (composto existente no sangue), que devem ser eliminadas pela vesícula biliar no intestino, passando antes pelo fígado, têm dificuldade para serem eliminadas. As bilirrubinas então se depositam na pele, deixando-a amarelada.

Em casos mais avançados, a pele fica amarelo ouro (como um canário mesmo!) e a coceira pode ser intensa. Isso é chamado icterícia.

Mas não se assuste. O que costuma acontecer não é isso. O mais comum é que a pele fique impregnada por um nutriente chamado beta-caroteno.

Para alguns autores, os níveis sanguíneos de betacaroteno podem ser considerados os melhores indicadores do consumo de frutas e hortaliças. Quem come mais alimentos vegetais, tem níveis sanguíneos mais elevados.

Como faço para saber se estou amarelo por causa de icterícia ou por ingestão elevada de betacaroteno?

Esse diagnóstico é muito simples.

O beta-caroteno não deixa o branco dos olhos amarelo.

As bilirrubinas deixam o branco dos olhos impregnados, portanto amarelos.

Há exames de sangue que podem ser feitos, como a dosagem de bilirrubinas e de betacaroteno, que não deixam dúvidas sobre o responsável pela coloração amarelada da pele. Geralmente essa dosagem não é necessária para fazer essa distinção.

Por que a pele fica amarelada?

Isso ocorre pois o beta-caroteno é uma vitamina solúvel em gordura (lipossolúvel). Assim, ela se deposita nas gorduras. Como sob a nossa pele há gordura, pode ficar visível a sua coloração quando em quantidade elevada.

Nas palmas das mãos, isso pode ficar bem evidente.

Vamos conhecer melhor esse composto.

A primeira vitamina descoberta foi a Vitamina A. Não é coincidência que o seu nome é vitamina A, que é a primeira letra do alfabeto.

A Vitamina A pode ser considerada como um grupo de compostos que apresentam diversas ações no organismo. É isso mesmo! Vitamina A é uma forma genérica de juntar muitos compostos que têm ações parecidas.

De forma geral, a Vitamina A encontrada em alimentos de origem animal é chamada de Vitamina A pré-formada. Ela é absorvida na forma de um composto chamado Retinol, considerado uma das formas mais ativas da vitamina A. O fígado, leite integral e alguns alimentos fortificados são as fontes mais ricas desse composto.

A Vitamina A encontrada em alimentos vegetais é chamada de pró-vitamina A, ou carotenóides. No nosso organismo, ela pode ser transformada em Retinol (a forma ativa da Vitamina A). As formas mais comuns de carotenóides encontradas nos alimentos são o betacaroteno, alfa-caroteno e a beta-criptoxantina. Dentre eles, o beta-caroteno é a forma mais facilmente convertida em Retinol.

Portanto, quem come beta-caroteno, transforma esse composto em Retinol quando o organismo necessita.

São conhecidos cerca de 563 carotenóides na Natureza. Menos de 10% deles podem ser convertidos em vitamina A no organismo.

Cerca de 34 carotenóides foram identificados no organismo humano.

Cerca de 60 a 75% do betacaroteno pode ser convertido em Vitamina A no organismo humano. As demais formas de carotenóides apresentam uma conversão de apenas 2%. Portanto, o beta-caroteno é o mais importante e eficiente.

Se eu não ingerir vitamina A, mas apenas beta-caroteno, vou ter deficiência de Vitamina A?

Não. O betacaroteno é convertido na forma ativa da Vitamina A, o chamado Retinol. Assim, quem ingere betacaroteno em quantidade suficiente não precisa ingerir a Vitamina A de origem animal.

Quais são as ações da vitamina A, ou dos carotenóides?

Esses compostos apresentam inúmeras ações no nosso organismo.

Eles têm papel na visão, crescimento ósseo, reprodução, divisão das células, regulação do sistema imunológico, prevenção de infecções, reforçam as barreiras protetoras do corpo (pele, pulmões, intestinos e trato urinário) dificultando que bactérias e vírus penetrem por esses órgãos para invadir o nosso organismo.

Há estudos associando o uso de betacaroteno com benefícios ou riscos à saúde?

Sim, há alguns.

Há estudos associando o uso de suplementos de betacaroteno com uma maior incidência de câncer de pulmão e morte em tabagistas.

Suplemento não substitui alimento. O ponto interessante dos estudos é que o maior consumo de beta-aroteno proveniente de alimentos naturais está associado com a redução de diversos tipos de câncer. O mesmo não ocorre com o uso de suplemento de betacaroteno. Tudo indica que a proteção é muito mais eficaz devido aos componentes vegetais presentes no alimento, do que pelo betacaroteno, em si.

O maior consumo de betacaroteno proveniente de alimentos está associado com a redução de diversos tipos de câncer, especialmente de pulmão, cavidade oral, laringe, faringe e colo de útero.

Uma doença ocular específica que ocorre com o envelhecimento (degeneração macular senil), que é causa mais comum de cegueira irreversível em idosos norte-americanos, canadenses e europeus, tem sua incidência reduzida nas pessoas com maior ingestão de betacaroteno.

Alguns estudos, mas não todos, mostram que as pessoas que têm maior ingestão de betacaroteno têm menor incidência de catarata.

As doenças cardiovasculares também são menos prevalentes nas pessoas com maior ingestão de beta-caroteno.

Quais são as necessidades diárias de Vitamina A ou de betacaroteno?

Não há uma recomendação oficial estabelecida para o consumo de beta-aroteno ou de outros carotenóides.

O Instituto de Medicina dos Estados Unidos estabelecem que o consumo diário de 3 a 6 mg de betacaroteno (o que equivale a 833 a 1667 UI de vitamina A) mantém os níveis de betacaroteno no sangue adequados e se associam com a redução do risco de diversas doenças crônicas. Essa quantidade pode ser atingida ingerindo 5 ou mais porções diárias de frutas e hortaliças, incluindo as de folhas verdes escuras e as de cor amarela.

A deficiência de Vitamina A

Essa deficiência é mais comum em países em desenvolvimento.

Cerca de 250.000 a 500.000 crianças desnutridas em países em desenvolvimento ficam cegas a cada ano por deficiência de Vitamina A.

Em adultos, o uso de dietas restritivas em alimentos ricos nessa vitamina e o consumo excessivo de álcool são as principais causas de carência. A deficiência de zinco associada à de Vitamina A, comum nesses indivíduos, reduz a eficiência do organismo em retirar a vitamina A dos estoques corporais para ser utilizada. Isso agrava a deficiência.

A falta de ferro também atrapalha o metabolismo da Vitamina A.

Quais são os sinais e sintomas da deficiência de Vitamina A?

A cegueira noturna é um dos primeiros sinais de deficiência dessa vitamina. Quando há a carência da vitamina, a córnea fica seca e há lesões na retina. No Egito antigo, ela era curada com o consumo de fígado.

Também ocorre redução da imunidade, tanto na proteção contra a invasão de bactérias e vírus (redução da proteção pela passagem desses invasores pela pele, pulmões, trato urinário e digestivo) quanto pela menor habilidade do organismo em lutar contra esses germes que já invadiram o organismo.

Alterações de pele podem ser vistas também.

Encontramos crianças sem deficiência de vitamina A, mas com estoques corporais dessa vitamina já reduzidos. Nessas condições, essas crianças já apresentam maiores riscos de infecções respiratórias e diarréia infecciosa.

Há problema em ingerir vitamina A em excesso?

Excesso de ingestão de vitamina A (hipervitaminose A), proveniente de fontes animais (principalmente fígado) ou de suplementos, pode ser nociva. São 4 os principais problemas que a hipervitaminose A pode ocasionar: defeitos no desenvolvimento fetal, anormalidades no funcionamento do fígado, redução da densidade mineral óssea (resultando em osteoporose) e desordens no sistema nervoso central.

Os sintomas de toxicidade podem aparecer após curtos períodos de tempo de ingestão excessiva, se manifestando com náuseas, vômitos, dor de cabeça, tontura, alterações na visão e falta de coordenação muscular.

Há derivados da vitamina A (retinóides) utilizados em dermatologia, para o tratamento da acne, psoríase e outras desordens da pele. A Isotretinoína (Roccutane® ou Accutane®) são exemplos, podendo causar sérias conseqüências ao fígado e especialmente ao feto (caso a mulher esteja ou fique grávida) durante o tratamento, devendo, por isso, ser acompanhada de perto pelo seu médico.

Há riscos em ingerir beta-caroteno em excesso?

Os carotenóides, como o beta-caroteno, ingeridos em altas doses são considerados seguros, pois não estão associados a efeitos nocivos ao organismo.

Quando os estoques de Vitamina A (Retinol) do organismo estão repletos, a conversão do beta-aroteno em Vitamina A é diminuída.

A coloração amarelada da pele ocorre, mas isso não é considerado perigoso à saúde.

O consumo elevado betacaroteno, apenas deixa a pele amarelada. A questão aqui é apenas estética, e não traz prejuízo algum ao organismo.

Estou amarelo. Como faço para ficar menos amarelo?

Você pode ingerir menor quantidade dos alimentos mais ricos em betacaroteno, como cenoura, abóbora, mamão, batata-doce...

Você pode utilizar a cenoura e tomate sempre crus.

Reduza o consumo de óleos nas refeições que contêm alimentos ricos em betacaroteno.

Se a sua intenção for justamente o contrário, ou seja, aumentar a ingestão de betacaroteno, faça justamente o contrário do que descrevi acima.

Por quê?

A biodisponibilidade (o quanto conseguimos absorver) de carotenóides provenientes de alimentos crus pode ser de menos de 5% (como na cenoura crua).

O alimento cozido apresenta uma melhor absorção de carotenóides do que o cru. Isso é verdadeiro especialmente para o licopeno, um carotenóide encontrado em maior abundância no tomate, goiaba vermelha e melancia, e que está associado com a redução do risco de câncer de próstata.

No entanto, o cozimento (em água) prolongado de hortaliças reduz a absorção de carotenóides, pois altera a sua estrutura. Como exemplo, a cenoura crua, quando cozida, perde 27% da sua forma ativa de carotenóides. Já o cozimento breve aumenta a absorção.

A absorção de carotenóides é intensificada quando há ingestão de lipídios na mesma refeição.

A menor biodisponibilidade de carotenóides, para a maior pode ser encontrada na seguinte seqüência: espinafre (folhas cruas), cenouras e pimentões (crus), tomate (suco cru sem gordura), cenoura e pimentões (moderadamente cozidos), suco de tomate (cozido com óleo), abóbora, cará, inhame e batata-doce, mamão, pêssego e suplementos naturais ou sintéticos (preparados com óleos).

Apenas a título de curiosidade, as margarinas enriquecidas com fitoesteróis reduzem a absorção de carotenóides.

 

Fonte: http://www.alimentacaosemcarne.com.br

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Selênio

Nutrientes ingeridos em quantidade adequada são importantes para a manutenção do funcionamento correto do nosso organismo. O excesso de muitos deles podem ser prejudiciais á saúde.

Dificilmente a ingestão proveniente de alimentos pode ser tóxica ou trazer efeitos indesejáveis, mas quando o nutriente vem por meio de suplementação inadequada (níveis elevado por período prolongado) os efeitos deletérios podem ser vistos no organismo.

Um dos únicos nutrientes capazes de causar intoxicação quando ingerido em excesso, por meio dos alimentos, é o selênio. Vamos conversar sobre ele.

Quanto precisamos ingerir por dia

A quantidade de selênio preconizada para um adulto ingerir diariamente é de 55 mcg. Gestantes necessitam 60 mcg e mulheres amamentando, 70 mcg.

Onde encontramos o selênio?

Diversos alimentos contêm selênio, mas o que determina o teor nos alimentos é a quantidade presente no solo. Isso pode ser um problema, pois como as plantas não necessitam de selênio para o seu crescimento, na agricultura moderna a adubação não é feita com esse mineral incorporado aos compostos utilizados na terra. O uso de alimentos industrializados também podem contribuir para a falta de ingestão de selênio, já que o refinamento de alimentos, assim como a escolha por uma alimentação rápida e processada trará uma ingestão de alimentos mais pobres no mineral.

No nosso país, a região norte, o litoral e o sul do país são as áreas que possuem o solo mais rico em selênio.

A Castanha do Pará é um alimento riquíssimo em selênio, sendo nutricionalmente a nossa referência quando pensamos no nutriente e no alimento que o contém em maior quantidade.

Algumas tabelas com valores nutricionais divergem entre si com relação ao teor de selênio das Castanhas do Pará. A Tabela emitida pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos aponta para os seguintes valores em 100 gramas do produto: 656 calorias com 1917 mcg de selênio. Sendo essa tabela uma das que traz um dos valores mais elevados de selênio por 100 gramas do produto, entendemos que uma única Castanha (pesando cerca de 5 gramas) contém 87 mcg de Selênio. Algumas tabelas trazem o valor de 55 mcg de Selênio por Castanha do Pará.

Efeitos tóxicos

De forma geral, os efeitos tóxicos são encontrados quando o consumo de selênio excede 850 mcg por dia.

Esse valor pode ser atingido ao ingerirmos diariamente 10 Castanhas do Pará.

Quando há toxicidade, os principais sinais e sintomas são: hálito com odor de alho, cansaço, dores e fraqueza muscular, irritação, unhas e cabelos frágeis. Alterações no sistema gastrointestinal e sistema nervoso também podem ocorrer.

Atenção: unhas e cabelos frágeis também podem ser decorrentes da carência de outros nutrientes.

A função do selênio

Uma das principais funções do selênio é na proteção contra os famosos radicais livres.

Ele tem o que chamamos de atividade antioxidante. O selênio atua como um cofator para a enzima glutationa peroxidase.

As funções das células de defesa (linfócitos e natural killer) são influenciadas pelos seu nível sanguíneo. Na formação da forma ativa do hormônio da tireóide, o selênio apresenta uma atuação importante.

A recomendação prática é: não consuma mais do que 10 Castanhas do Pará por dia.

 

Fonte: http://www.alimentacaosemcarne.com.br

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Entidades Oficiais que apóiam o vegetarianismo

Diversas entidades internacionais oficiais (não vegetarianas) emitem pareceres sobre a dieta vegetariana.

Em todos os pareceres, a observação é a mesma: as dietas vegetarianas (inclusive veganas) são nutricionalmente adequadas para todos os ciclos da vida quando planejadas adequadamente.

Confira algumas delas.

American Dietetic Association (Associação Dietética Americana) e Dietitians of Canada (Nutricionistas do Canadá) - Publicado em 2003

(http://www.eatright.org/cps/rde/xchg/ada/hs.xsl/advocacy_933_ENU_HTML.htm)

J Am Diet Assoc.2003;103:748-765

"O parecer da American Dietetic Association e Dietitians of Canada é que as dietas vegetarianas corretamente planejadas são saudáveis, adequadas em termos nutricionais e trazem benefícios para a saúde na prevenção e no tratamento de determinadas doenças.


"As dietas veganas e vegetarianas de outros tipos, se bem planejadas, são adequadas para todos os estágios do ciclo vital, inclusive durante a gravidez, lactação, infância e adolescência.


"Os profissionais da nutrição têm a responsabilidade de apoiar e encorajar os que demonstram interesse pelo consumo de uma dieta vegetariana."

O parecer já existia em 1997: http://www.vrg.org/nutrition/adapyramid.htm

American Heart Association

(http://216.185.112.5/presenter.jhtml?identifier=4777 )

"Dietas vegetarianas são saudáveis e nutricionalmente adequadas se forem cuidadosamente planejas e incluírem nutrientes essenciais".


FDA (Food and Drug Administration)

(http://www.cfsan.fda.gov/~dms/nutguide.html )

"Dietas vegetarianas são compatíveis com as diretrizes dietéticas americanas e podem satisfazer as recomendações nutricionais diárias (RDA)... veganos necessitam suplementar a sua dieta com fontes de vitamina B12... A dieta vegana, particularmente para crianças, requer cuidados para assegurar um aporte adequado de vitamina D e cálcio, os quais muitos americanos obtêm de produtos lácteos."

"What about vegetarian diets?

Some Americans eat vegetarian diets for reasons of culture, belief,
or health. Most vegetarians eat milk products and eggs, and as a group,
these lacto-ovo-vegetarians enjoy excellent health. Vegetarian diets are
consistent with the Dietary Guidelines for Americans and can meet
Recommended Dietary Allowances for nutrients. You can get enough protein
from a vegetarian diet as long as the variety and amounts of foods
consumed are adequate. Meat, fish, and poultry are major contributors of
iron, zinc, and B vitamins in most American diets, and vegetarians
should pay special attention to these nutrients.

Vegans eat only food of plant origin. Because animal products are
the only food sources of vitamin B12, vegans must supplement their diets
with a source of this vitamin. In addition, vegan diets, particularly
those of children, require care to ensure adequacy of vitamin D and
calcium, which most Americans obtain from milk products."


College of Family and Consumer Sciences, University of Georgia

(http://www.fcs.uga.edu/pubs/current/FDNS-E-18.html)

"A dieta vegetariana pode ser uma dieta muito saudável... "


Kids Health, Nemours Foundation

(http://kidshealth.org/parent/nutrition_fit/nutrition/vegetarianism.html)


"Abandonar a carne pode parecer uma má idéia, mas muitos especialistas em nutrição e medicina concordam que uma dieta vegetariana bem planejada pode realmente ser um caminho saudável de alimentação."

Leia mais no Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América (USDA)

(http://www.nal.usda.gov/fnic/etext/000058.html)

 

Fonte: www.alimentacaosemcarne.com.br

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Para entender...

Autor: Dr Eric Slywitch

Se diversas entidades científicas*, após revisões da literatura médica, afirmam que não é preciso comer carne, por que muitos profissionais apregoam o contrário?

Aqui precisamos fazer algumas considerações.

Como não nascemos com manual de instrução, para nos orientarmos quanto às nossas necessidades nutricionais, assim como diversos outros aspectos do nosso funcionamento, recorremos às pesquisas científicas.

Se consultarmos os arquivos de pesquisas médico/nutricionais encontraremos relatos de crianças e adultos vegetarianas e macrobióticas (não necessariamente vegetarianas!) com deficiências nutricionais decorrentes da dieta.

Mas também encontraremos pesquisas demonstrando que há crianças e adultos seguindo dietas vegetarianas e macrobióticas com crescimento e desenvolvimento adequados, sem deficiências nutricionais.

Por que isso ocorre?

A análise dessas situações distintas demonstra claramente que a diferença não está no fato de comer ou não carne, mas sim na forma de elaborar a alimentação sem carne.

Dessa forma, uma dieta bem planejada, sem carne e sem derivados animais, pode ser nutricionalmente adequada e promover o crescimento e desenvolvimento adequados. É isso que afirmam os pareceres sobre dietas vegetarianas que analisaram as diferenças dos estudos.

O fato é que a maioria dos profissionais de saúde não sabem quase nada sobre dieta vegetariana. Muitos pensam que os vegetarianos só se alimentam de verduras. E por mais absurdo que isso possa parecer ainda encontramos pessoas que esquecem que o reino vegetal é composto de vários outros grupos: cereais (trigo e seus derivados - pães, macarrão -, arroz, milho, centeio, cevada, cevadinha, painço...), leguminosas (grão de bico, lentilha, ervilha, soja e todas aos outras dezenas de variedades de feijões...), oleaginosas (nozes, amêndoas, amendoim, castanha-do-pará...), frutas, legumes e verduras.

Pelo desconhecimento do que é ou deixa de ser uma dieta vegetariana (inclusive sobre a inclusão ou não de ovos, leite ou derivados - que também podem fazer parte da dieta vegetariana), alguns profissionais lêem um artigo sobre crianças com anemia por falta de ferro (ferropriva), por exemplo, e concluem que a dieta vegetariana induz a anemia.

Isso é tão absurdo quanto a seguinte situação fictícia. Analisamos uma população financeiramente carente e desnutrida, mas que come carne e, portanto, é onívora. Verificamos que a prevalência de anemia ferropriva e desnutrição protéico-calórica é elevada nesse grupo. Assim concluímos que uma dieta com uso de carne leva à desnnutrição e anemia.

Vamos então supor que essa população deva se tornar vegetariana para corrigir esse distúrbio? Ou será que devemos voltar a nossa atenção para o aspecto econômico desse grupo e analisar também a quantidade e a qualidade nutricional ingerida?

É esse raciocínio precário e simplório que muitos profissionais fazem ao analisarem uma dieta vegetariana.

Vale a pena ressaltar que a anemia ferropriva é uma das deficiências nutricionais mais prevalentes no Brasil, e, no entanto, quase toda a nossa população faz uso de carne.

Com relação às gestantes e demais fases da vida, segue o mesmo raciocínio.

* (http://www.alimentacaosemcarne.com.br/ciencia-e-vegetarianismo/entidades-oficiais-que-apoiam-o-vegetarianismo.html)

 

Fonte: www.alimentacaosemcarne.com.br

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Participe do nosso estudo

Estamos desenvolvendo alguns trabalhos científicos no Instituto do Coração com vegetarianos.

Precisamos de voluntários (vegetarianos ou não) para o estudo. O estudo é inovador e pode contribuir mais ainda com os dados benéficos que encontramos na literatura científica sobre o assunto abordado.Os primeiros resultados são positivos e já foram apresentados em congressos brasileiros e internacionais!!!

Trabalho Científico: Dieta Vegetariana x Colesterol


Com o objetivo de avaliar os efeitos benéficos da dieta vegetariana no metabolismo da gordura da alimentação e do colesterol, importantes fatores de risco para doenças cardiovasculares, estamos desenvolvendo um estudo no Laboratório de Lípides do Instituto do Coração (InCor - HC - FMUSP).

Com esse propósito, estamos convocando indivíduos vegetarianos, semi-vegetarianos e onívoros que tenham interesse em participar dessa pesquisa.

Contato: (11) 3069-5108 Dra. Carmen Vinagre
Fernanda Pozzi
Juliana Vinagre

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Fonte: www.alimentacaosemcarne.com.br

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