O que é carne cultivada e como ela é feita?

Resposta: A carne cultivada (também conhecida como carne celular, de laboratório ou in vitro) é carne real produzida a partir do cultivo de células animais, sem a necessidade de criar e abater animais. O processo, em linhas gerais, segue três etapas principais:

1. Obtenção de Células: O processo começa com a coleta de uma pequena amostra de células de um animal vivo através de uma biópsia, um procedimento minimamente invasivo. Podem ser usadas células-tronco ou células musculares.
   
   
2. Cultivo e Expansão: As células são colocadas em um biorreator, um ambiente controlado semelhante a um fermentador, onde são alimentadas com um meio de cultura — uma solução rica em nutrientes (como aminoácidos, vitaminas e sais) que permite que elas se multipliquem e cresçam. A indústria está em transição do uso de soro fetal bovino para meios de cultura de origem totalmente vegetal.
   
   
3. Maturação e Estruturação: As células expandidas são então incentivadas a se diferenciarem e se unirem em estruturas que imitam o tecido muscular, formando a carne. O resultado final é um produto com a mesma composição, sabor e textura da carne convencional.

Essa tecnologia pode ser aplicada para produzir diversos tipos de carne, incluindo bovina, de aves, suína e de peixes e frutos do mar.



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Fonte:  COLEÇÃO UMA JORNADA PELA ÉTICA ANIMAL DO BÁSICO AO AVANÇADO VOLUME 8

Este texto, parte da Coleção Uma Jornada pela Ética Animal, volume VIII, escrito por Luciano Carlos Cunha, propõe um exame rigoroso e eficiente do ativismo em defesa dos animais. A obra dedica-se a estabelecer critérios práticos para que ativistas possam selecionar as causas e problemas mais urgentes, além de avaliar a eficácia das estratégias de ação. Um tema central é a extrema negligência sofrida pelos animais não humanos, especialmente aqueles explorados para consumo e os que sofrem na natureza, indicando que a causa animal atende aos critérios de prioridade devido à imensa escala de sofrimento envolvida. O livro também explora debates estratégicos cruciais, como a eficiência de focar no veganismo versus na redução do consumo, a polêmica das regulamentações de bem-estar animal, e a crescente importância da carne cultivada como uma solução tecnológica para mitigar a exploração.