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Como a seriedade de um risco de sofrimento futuro é medida?

Resposta: A seriedade de um risco de sofrimento futuro (risco-s) é medida combinando dois fatores principais: a magnitude do resultado e a sua probabilidade. O método consiste em multiplicar a magnitude do resultado negativo (ou seja, o quão ruim seria o cenário se ele acontecesse) pela sua probabilidade de ocorrer.

O resultado desse cálculo é conhecido como desvalor esperado (DE). Pense desta forma: um cenário com 1% de chance (0.01) de causar 1 trilhão de unidades de sofrimento tem um desvalor esperado de 10 bilhões. Um cenário com 90% de chance (0.90) de causar 1.000 unidades de sofrimento tem um desvalor esperado de 900. Embora o primeiro evento seja muito improvável, sua catástrofe potencial é tão imensa que sua prevenção se torna uma prioridade matemática.

Por definição, os riscos-s envolvem cenários de sofrimento que são ordens de magnitude superiores a todo o sofrimento que já existiu. Por isso, mesmo que a probabilidade de um desses cenários se concretizar seja muito pequena, seu desvalor esperado é enorme, justificando dar uma atenção significativa à sua prevenção.

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Fonte: COLEÇÃO UMA JORNADA PELA ÉTICA ANIMAL DO BÁSICO AO AVANÇADO VOLUME 9

Este livro aprofunda o debate sobre a ética animal e o futuro a longo prazo, focando especificamente nos "riscos-s", que são a possibilidade de um sofrimento de magnitude colossal para os seres sencientes no futuro. A obra explora como identificar, classificar e, crucialmente, prevenir esses riscos, que podem surgir de novas tecnologias, ações intencionais, indiferença ou processos naturais. Central para a argumentação é a defesa da imparcialidade temporal, que sugere que o sofrimento futuro merece a mesma consideração moral que o presente, e a importância de promover a consideração moral por todos os seres sencientes para mitigar tais perigos. O texto também analisa estratégias, como moldar a inteligência artificial e a exploração espacial, para garantir que o poder e o conhecimento sejam usados para evitar, e não exacerbar, o sofrimento futuro.
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