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O que o experimento da "máquina de felicidade" nos diz sobre o bem-estar?

Resposta: O experimento da "máquina de felicidade" é um desafio direto às teorias que valorizam apenas as experiências, como o hedonismo. Ele nos mostra como os filósofos testam ideias através de um debate:

  1. O Desafio Inicial: Imagine uma máquina que lhe proporcionaria uma vida inteira de experiências prazerosas, mas todas seriam virtuais. Você se conectaria, abandonando a vida real? O fato de muitos recusarem sugere que valorizamos outras coisas além do prazer, como uma conexão genuína com a realidade.

  2. A Réplica: Um defensor da máquina poderia perguntar: e se descobríssemos que já estamos na máquina e que o mundo real é um lugar de sofrimento excruciante? Nesse caso, seria melhor permanecer na realidade virtual. Isso sugere que, no fundo, o que importa são as experiências positivas.

  3. A Tréplica: O argumento final refina a questão. Imagine que você descobre que as pessoas que ama na máquina são apenas simulações, mas as pessoas reais existem em outro lugar. Você se mudaria para a realidade delas, mesmo que isso significasse ter menos experiências positivas? Se a resposta for sim, isso indica que ter interações genuínas com seres reais é algo que valorizamos em si mesmo, para além do simples prazer.

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    Fonte:COLEÇÃO UMA JORNADA PELA ÉTICA ANIMAL DO BÁSICO AO AVANÇADO VOLUME 11

    Este texto é o Volume XI da coleção "Uma Jornada pela Ética Animal: Do Básico ao Avançado", escrito por Luciano Carlos Cunha, e tem como foco central a questão de como diversas teorias éticas abordam a questão animal. A obra se propõe a introduzir o leitor às principais estruturas da teoria do valor e da ética normativa, como consequencialismo, deontologia e éticas centradas no caráter, para então aplicar essas estruturas nas decisões que afetam animais não humanos. O livro detalha debates cruciais, como a avaliação do bem-estar individual (experiências, preferências e bens objetivos) versus o bem-estar coletivo (agregação e distribuição), e argumenta em favor da igual consideração de todos os seres sencientes, explorando as implicações práticas desse princípio tanto para a abolição da exploração animal quanto para o auxílio a animais selvagens. Por fim, o autor dedica uma seção robusta à complexa questão de como ponderar e comensurar diferentes critérios e valores morais ao tomar decisões éticas.
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