No Limite DA CRUELDADE: retrocesso na TV brasileira
O gesto, além de promover a crueldade em rede nacional, feriu o Art. 32 da Lei dos Crimes Ambientais (N° 9.605/1998) que proibe o abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos – uma lei que sofre do mesmo mal que muitas outras: a impunidade!
O episódio não seguiu critérios humanitários e nem de saúde pública. Em abril a WSPA lançou o Programa Nacional de Abate Humanitário – STEPS, com o objetivo de melhorar o manejo pré-abate e abate dos animais de produção dentro dos frigoríficos. Já a ARCA Brasil, em parceria com a The Humane Society International, lançou a inédita Campanha pelo Fim do Confinamento Intensivo Animal, que propõe mudanças significativas na criação de porcos e galinhas poedeiras.
Grandes esforços realizados com a finalidade de tornar a vida dos animais menos cruel e sofrida. Esse tipo lamentável de postura da maior emissora do país, na busca pela audiência a qualquer custo, causou indignação entre protetores e telespectadores.
Há 16 anos a ARCA Brasil combate a falta de justiça que permite os mais variados e cruéis crimes. O exemplo mais recente é o caso Cão de Quintão (RS), onde dois jovens mataram um cachorro a pauladase divulgaram o vídeo no You Tube. Exemplos negativos veiculados nos dois maiores meios de comunicação: televisão e internet.
Além da morte cruel das galinhas, outra cena chamou a atenção dos mais atentos. Uma coruja que estava atrás do apresentador Zeca Camargo, “enfeitando” o cenário, tentava voar e não conseguia. A ave estava presa por um fio, que apesar de discreto, apareceu nitidamente durante a transmissão ao vivo.
“A coruja nunca deveria ser amarrada, isso é maus tratos, tortura e atitude imoral. Uma ave amarrada pela pata pode sofrer fraturas, além de um stress terrível que pode levá-la a óbito”, explica a Veterinária e Responsável Técnica da ARCA Brasil, Dra. Rosangela Ribeiro.
Durante os últimos dois meses a ARCA Brasil produziu o especial Animais na TV – parte 1 e Animais na TV – parte 2, matérias que questionam a postura do órgão responsável pela fauna brasileira (IBAMA) e a falta de critérios que regulam a punição de animais na TV.
A ARCA Brasil, mais uma vez pede a sua participação. Vamos dizer a Rede Globo que a briga pela audiência não é um vale tudo!!
Para expressar a sua indignação, envie o modelo de carta abaixo para:
1. Rede Globo: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
2. Ministro das Comunicações, Hélio Costa: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
3. Superintendente do Ibama no Ceará, Raimundo Bonfim Braga: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
4. Procuradoria Regional da República (5º região):
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5. Promotoria de Justiça do Estado do Ceará
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Prezados, Além da exibição de animais alheios aos seus comportamentos naturais, sem uma finalidade educativa, cenas de duas galinhas sendo mortas e uma coruja amarrada por um fio foram ao ar. Agindo desse modo a Rede Globo feriu o Art. 32 da Lei 9.605/98 dos Crimes Ambientais que proíbe: “Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”. Gostaria de manifestar o meu repúdio e solicitar que as autoridades tomem as medidas cabíveis e puna os infratores, servindo de alerta para que essa e outras emissoras não infrinjam mais a lei. Atenciosamente, |
Fonte: Arca Brasil
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