TÓPICO:

Sempre questionam sobre a nossa escolha (se é que posso assim dizer) acerca de uma alimentação baseada na exclusão de produtos de origem animal. Pra início de conversa, não sei porque incomoda tanta gente o fato de, simplesmente, não colocarmos carne (e seus derivados) em nosso prato.
Na verdade, a questão de se alimentar de vegetais, enquanto protegemos a vida animal, faz parte de um pacto. Um pacto que fizemos (cada um de nós) com o nosso planeta, com o meio ambiente, com a nossa consciência.
Precisamos de alimento, somos heterótrofos e não autótrofos, isto é, não sintetizamos a energia que nosso organismo utilizará para se manter vivo. Para isso, precisamos que outros seres produzam para nós. Alimentar-se de animais é aceitável por parte da natureza, não é errado. Errada é a forma como esta alimentação é feita atualmente.
Aí está, portanto o nosso paradigma, optar. Optamos por uma alimentação saudável. Saudável para nossos organismos, para o ambiente, para nossa consciência. Sim, temos a opção em não mais trazer dor e sofrimento a outros seres. Temos a opção de nos alimentarmos, e muito bem diga-se de passagem, suprindo nossos corpos de tudo o que necessita, sem apartar uma mãe de seu filhote, sem castrar o macho de uma espécie, sem derrubar matas virgens para pasto.
Tudo não passa de uma opção, além disso, trata-se de um pacto com nosso planeta. Um pacto de seres inteligentes que compreendem seu lugar no tempo e no espaço, de seres que entendem que essa carnificina não tem (ou não deveria mais ter) lugar em uma sociedade dita civilizada.
Nosso pacto nada mais é do que uma simbiose. Uma simbiose com um planeta maravilhoso que estamos destruindo. Uma simbiose em que afirmamos nossa presença de forma pacífica e inteligente, onde podemos co-existir como todos os outros seres vivos. E em troca, garantimos que não causaremos males e transtornos a outros seres.
Espero que esse pacto seja, em algum momento, compreendido universalmente. Mais do que compreendido, espero que seja aceito e posto em prática por todos. O pacto do terceiro milênio.