O Mito da Proteína
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Escrito em . Postado em Nutrição.
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Dr Eric Slywitch
O Dr. Eric Slywitch é Médico, com Mestrado e Doutorado na área de nutrição, com o tema da avaliação metabólica de vegetarianos e onívoros. É especialista em Nutrologia, Nutrição Enteral e Parenteral. É pós-graduado em Endocrinologia, Nutrição Clínica e Psicanálise. É autor de 3 livros sobre vegetarianismo no Brasil e publicou vários capítulos sobre vegetarianismo nos principais livros técnicos de nutrição do Brasil. Leciona em 3 cursos de pós-graduação abordando o tema do vegetarianismo e possui seu próprio centro de ensino para avaliação metabólica e nutricional com ênfase na interpretação de exames laboratoriais para médicos e nutricionistas.
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Histórico
Por definição, a dieta macrobiótica é um conjunto de regras de higiene conducentes ao prolongamento da vida. A dieta macrobiótica tem princípios que datam de mais de 4.000 anos atrás. É um sistema empírico e a sua base foi a experimentação e a análise minuciosa.
Considera-se Ekiken Kaibara (1630 a 1716) o pai da macrobiótica.
O seu fundador moderno foi Sagen Ishizuka (1850 a 1910), médico japonês que ensinou essa arte a Sakurazawa Nyoti (conhecido no ocidente como George Ohsawa). Foi George Ohsawa (1893 a 1966) que, após a Primeira Guerra Mundial, passou a difundir essa filosofia de vida por todos os continentes.
Princípios
A macrobiótica se considera como uma filosofia biológica, fisiológica, social, econômica e lógica. Dentro dos seus princípios, tudo o que existe no universo pode ser classificado em yin ou yang de acordo com as suas características (Tabela 1). A união dessas polaridades denomina-se Tao, constituindo o chamado Princípio Único do Universo.
Tabela 1.
Manifestação das variáveis universais e as suas polaridades.
Referência | yin | yang |
Gênero | feminino | masculino |
Cores | violeta, azul, preto | vermelho, amarelo |
Temperatura | frio | quente |
Elemento | água | fogo |
Minerais | K, P, Ca, N | Na, H, C, Cl |
Biologia | reino vegetal | reino animal |
Agricultura | legumes, leguminosas, verduras e frutas | cereais |
Estações | inverno | verão |
Paladar | ácido, picante, doce | salgado, amargo |
Vitamina | C e B | K, D, A |
Higidez | doença | saúde |
Órgãos | ocos ou cheios de líquido (bexiga, olhos, vesícula biliar, estômago etc.) | compactos (rins, fígado etc.) |
Trabalho | intelectual, cerebral | físico, muscular |
Segundo essa filosofia, a doença é decorrente da falta de discernimento do ser humano para compreender as leis que regem esse equilíbrio e para viver de acordo com elas. Devido ao desequilíbrio, surgem as moléstias e o sofrimento.
Dessa forma, todos os alimentos, as manifestações humanas e as variáveis do universo, classificadas em yin ou yang (em maior ou menor grau), são combinadas de forma a esculpir o ser humano e torná-lo apto a viver em harmonia consigo mesmo e com o universo, livre de doenças e do sofrimento. A morte é considerada yin (força centrífuga, dissolução do corpo), assim como a maioria das doenças que atingem a humanidade nos dias atuais. Para equilibrar o organismo, no que se refere à dieta, deve-se utilizar os alimentos balanceando-os dentro de uma combinação doença-alimento, com princípios yin/yang. Distúrbios mais yin devem ser tratados com alimentos mais yang e vice-versa. Seguir as orientações do Quadro 1 é de vital importância dentro desse sistema alimentar.
Princípios básicos da dieta macrobiótica
De todos os alimentos, os cereais integrais são os únicos considerados equilibrados para o ser humano, devendo constituir a maior parte da dieta. Alimentos crus, como frutas e verduras, são considerados demasiadamente yin, sendo apenas indicados em condições específicas. O fogo é yang e por isso os alimentos devem ser submetidos ao aquecimento para que se tornem mais yang (ou menos yin).
Além da dieta, a macrobiótica preconiza uma atividade física e mental adequadas. Em alguns casos, podem ser utilizadas compressas de alimentos específicos, como gengibre e inhame.
As formas da alimentação macrobiótica
A macrobiótica é, por princípio, um sistema vegetariano estrito (vegano). No entanto, após a sua sistematização e chegada ao ocidente, George Ohsawa se deparou com a dificuldade dos ocidentais de viver sem a ingestão de carne, incluindo assim o seu uso em alguns níveis da dieta. Existem, portanto, 10 maneiras de seguir a dieta macrobiótica (Tabela 2).
Considera-se mais seguro (sob o ponto de vista do Princípio Único, em relação à manutenção da saúde) permanecer nas dietas de nível 5 a 7. Como orientação para utilizá-la, podemos nos basear nos princípios adotados pelo Instituto Macrobiótico do Dr. Henrique Smith:
dieta 7, chamada de “dieta de choque” - indicada para as doenças graves, degenerativas, assim como para as de etiologia desconhecida pela medicina tradicional; | |
dieta 5, considerada como “dieta normal” - indicada para pacientes sem queixas, idosos ou jovens, que procuram a macrobiótica por opção alimentar; | |
dieta “específica”, destinada a pacientes que apresentam reações para o lado de algum órgão ou aparelho. Inclui a dieta normal (número 5), acrescida de algum alimento específico, ligado ao caso em pauta (obesidade, reumatismo, câncer etc.); | |
dieta “especial”, indicada para casos adiantados de enfermidade e desintegração orgânica. É a dieta normal, acrescentando-se sopa de missô (preparado sem conservantes), caldo cremoso, Tekka (preparado especial a base de raízes) e outros específicos (caso de hemorragias, infecções localizadas ou generalizadas, etc.); | |
as dietas -1, -2 e –3, são autorizadas somente aos macrobióticos antigos, que já sabem como comer, como se equilibrar, como se defender e como se curar. |
De forma mais flexível, o autor Kushi mantendo a recomendação de que a dieta seja orgânica e minimamente processada, propõe a seguinte composição.
Diariamente:
pelo menos 50% do volume de cada refeição em cereais integrais (principalmente na forma de grãos: arroz integral, cevada, painço, aveia, trigo, trigo mourisco. Utilizar, em menor quantidade, talharim, pães e farinhas); | |
20 a 30% de vegetais, preparados de diferentes formas e produzidos próximos ao local em que se vive. Isso inclui pequenas quantidades de vegetais crus ou conservados em salmoura; | |
10 a 15% de feijões de vários tipos, bem como os seus derivados (tofu, tempeh - um derivado fermentado de soja); | |
algas marinhas em consumo regular; | |
5% do volume da dieta na forma de sopas. |
Semanalmente (ou menos):
pequenas quantidades de frutas (duas ou três vezes por semana, de preferência cozida), peixes (menos de 15% da refeição, uma ou duas vezes por semana) e sementes (como lanche ou reforço alimentar). | |
Ocasionalmente (mas, de preferência, não utilizar): | |
carne vermelha, laticínios, alimentos que contenham aditivos químicos e ovos. |
Autor: Dr Eric Slywitch
Coordenador do departamento científico da Sociedade
Vegetariana Brasileira.
Médico formado pela Faculdade de Medicina de Jundiaí
(SP)
Especialista em Nutrologia pela ABRAN (Associação
Brasileira de Nutrologia)
Especialista em Nutrição Enteral e Parenteral pela SBNPE
(Sociedade Brasileira de Nutrição Enteral e Parenteral)
Pós-graduado em Nutrição Clínica pelo GANEP (Grupo de
Apoio de Nutrição Enteral e Parenteral)
Coordenador da EMTN (Equipe Multidisciplinar de Terapia
Nutricional) do Hospital e Maternidade Santa Marina (São
Paulo - SP)
Docente da Faculdade de Medicina de Jundiaí
Docente do Curso de Pós-graduação do IPCE (Instituto de
Pesquisa, Capacitação e Especialização)
Especialista em nutrição vegetariana
Vegano desde 1992
Referências bibliográficas
1. Silva PA, Lourenço FMB, Maurer JHTMF, et al. Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa Mirador Internacional. 4a ed. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. .
2. Smith H. Breve histórico da macrobiótica. In: Smith H. Macrobiótica Zen para o Brasil. 1a ed. São Paulo: Hagaesse; 1994. p 18-21.
3. Smith H. Yin-Yang. O princípio único. In: Smith H. Macrobiótica Zen para o Brasil. 1a ed. São Paulo: Hagaesse; 1994.p 59-72.
4. Nyoiti S. As dez maneiras de nos alimentarmos convenientemente. Nyoiti S. In: Macrobiótica Zen. A Arte da longevidade e do Rejuvenescimento. 9a ed. Porto Alegre: Associação Macrobiótica de Porto Alegre; 1989.p.35-9.
5. Smith H. Dietas macrobióticas. In: Smith H. Macrobiótica Zen para o Brasil. 1a ed. São Paulo: Hagaesse; 1994.p 199-201.
6. Ohsawa G. Guia prático de Medicina Macrobiótica. São Paulo: Ícone; 1992.p.43-4.
7. Kushi M, Jack A. The Cancer Prevention Diet: Michio Kushi’s Macrobiotic Blueprint for the Prevention and Realief of Disease. New York: St Martin’s Press; 1993.Escrito em . Postado em Nutrição.
Vitamina B 12, ou Cobalamina, é um dos nutrientes mais comentados quando pensamos na alimentação vegetariana.
Leia mais …Vitamina B12 (tudo sobre a B12, Cobalamina)
Escrito em . Postado em Nutrição.
Jornalista: Mirela Claudino
Mirela: O que um vegetariano come?
Dr Eric Slywitch: É mais simples responder o que um
vegetariano não come. Costumo dizer que o vegetariano
não come nada que fuja, ou esboce reação
de fuga, quando está vivo. Portanto, carne de qualquer
tipo, inclusive de frango, peixe, scargot ...
Mirela: Conheço vegetarianos que comem peixe. O que
você me diz disso?
Dr Eric Slywitch: Se uma pessoa come peixe, ou qualquer outro
tipo de carne, mesmo que seja ocasionalmente, ela não é vegetariana.
Existe o que chamamos de semi-vegetariano: são os indivíduos
que utilizam carnes ocasionalmente (em uma ou duas refeições
na semana).
Mirela: E sobre os vegetarianos que utilizam
ovos e derivados de leite. Eles também não são
considerados vegetarianos?
Dr Eric Slywitch: Nesse caso é diferente. Os ovos e
o leite não "fogem quando vivos". A maioria
dos vegetarianos faz uso desses alimentos.
Mirela: Quer dizer que existem diferentes
formas de se fazer uma dieta vegetariana, mas o que todas
têm em comum é o
fato de não utilizarem as carnes?
Dr Eric Slywitch: Exatamente. Com relação às
diferentes formas de vegetarianismo, a inclusão, ou
exclusão dos produtos derivados de animais (ovos e lácteos)
determinam o tipo de vegetarianismo adotado. Dessa forma teremos:
- ovo-lacto-vegetarianos : utilizam ovos e lácteos;
- lacto-vegetarianos : utilizam derivados de leite, mas não
os ovos;
- ovo-vegetarianos : utilizam ovos, mas não os lácteos;
- vegano : não utiliza nenhum produto derivado do reino
animal. É considerada a forma mais pura de vegetarianismo.
Mirela: Mas voltando à pergunta
inicial: o que um vegetariano come?
Dr Eric Slywitch:
Temos todo o reino vegetal para utilizar
como alimento: cereais (arroz, trigo, centeio, milho, cevadinha,
aveia... Aqui incluímos os pães e massas), leguminosas
(todos os feijões, grão-de-bico, lentilha, ervilha...),
oleaginosas (nozes, amêndoas, pistache, sementes de girassol
...), tubérculos (inhame, batata, cará, mandioca,
mandioquinha...), legumes, verduras e frutas. Alguns incluem
leite, queijo e ovos. Carne jamais !.
Resumindo: o vegetariano come tudo o que qualquer pessoa come,
retirando a carne e os derivados animais (no caso dos veganos).
Mirela: O que é a macrobiótica
?
Dr Eric Slywitch: A macrobiótica é uma forma
muito particular de alimentação. É baseada
em princípios filosóficos, classificando tudo
o que existe no universo em Yin e Yang. Com o objetivo de equilibrar
o organismo, os alimentos são escolhidos dentro desses
princípios. Os cereais integrais são a base da
alimentação. Os alimentos devem ser isentos de
aditivos químicos, conservantes, estabilizantes ...
Mirela: A dieta macrobiótica é vegetariana
?
Dr Eric Slywitch: Não necessariamente. As carnes brancas
podem ser utilizadas ocasionalmente. No entanto, é recomendado
não utilizá-las. A macrobiótica não
utiliza leite ou seus derivados.
Mirela: Uma dieta vegetariana traz riscos à saúde
?
Dr Eric Slywitch: Qualquer dieta mal planejada, com ou sem
carne, pode ser nociva. Com relação ao vegetarianismo
não é diferente. A dieta vegetariana bem planejada é totalmente
segura.
Mirela: Adotar uma dieta vegetariana
traz benefícios à saúde
?
Dr Eric Slywitch: Sim, muitos. O posicionamento da ADA (American
Dietetic Association) e nutricionistas do Canadá de
2003 reúne os principais estudos científicos
sérios sobre vegetarianismo. Os resultados encontrados
são impressionantes:
- redução das mortes por infarto (doença
cardíaca isquêmica) em 30% em homens e 20% em
mulheres vegetarianas (estudo com 76 mil indivíduos);
- níveis sanguíneos de colesterol até 35%
mais baixos nos vegetarianos;
- menor pressão arterial (redução de 5
a 10 mmHg) nos vegetarianos;
- redução de até 50% do risco de apresentar
doença diverticular nos vegetarianos;
- redução de até 50% do risco de apresentar
diabetes nos vegetarianos;
- probabilidade duas vezes menor de apresentar pedras na vesícula
nas mulheres vegetarianas;
- os não vegetarianos têm um risco 54% maior de
ter câncer de próstata e 88 % maior de ter câncer
de intestino grosso;
- aparentemente, o consumo de carne aumenta em até 3
vezes as chances de desenvolver demência cererebral;
- aparentemente uma dieta vegetariana sem derivados animais
e com predominância de alimentos crus reduz os sintomas
de fibromialgia.
Mirela: Com todos esses aspectos positivos,
por que os profissionais de saúde não gostam
da dieta vegetariana ?
Dr Eric Slywitch:
Os profissionais de saúde que não
gostam da dieta vegetariana são aqueles que não
estudam sobre o assunto. A formação acadêmica
deixa muito a desejar quando o assunto é vegetarianismo.
Encontramos muitos profissionais que pensam que o vegetariano
vive de salada. A maioria se sente perdido quando solicitado
a montar um cardápio vegetariano. O medo do desconhecido é natural
para qualquer ser humano. Fica mais fácil dizer que é difícil
ou nocivo ser vegetariano.
Os estudos científicos antigos estavam preocupados em
verificar se era possível uma adequação
nutricional com uma dieta vegetariana. Muitos profissionais
ainda estão vivendo nesse passado. Atualmente não
há dúvidas científicas dessa adequação.
Infelizmente, a resposta à essa pergunta é: falta
de atualização científica dos profissionais.
O parecer da ADA (American Dietetic Association) e nutricionistas
do Canadá de 2003 é de que os profissionais de
saúde têm o dever de incentivar e apoiar os indivíduos
que expressam desejo de se tornarem vegetarianos.
Mirela: Quais sao os principais nutrientes
dentro da dieta vegetariana que merecem atenção
?
Dr Eric Slywitch:
Os estudos demonstram que apenas a vitamina
B12 pode estar em quantidade inadequada numa dieta sem derivados
animais (leia mais no tópico de nutrição
do site: www.guiavegano.com). Todos os outros nutrientes podem
ser adequadamente supridos mesmo quando os ovos e lácteos
não são utilizados. A maioria dos nutrientes
ingeridos (vitaminas e minerais) ultrapassam as quantidades
ingeridas dos comedores de carne. Ao se elaborar um cardápio
para um vegetariano deve-se enfatizar os alimentos com os seguintes
nutrientes: zinco, ferro, cálcio, vitamina B2, B12 e
gorduras do tipo w-3. Se a exposição solar não
for adequada devemos também enfatizar a vitamina D.
Mirela: E com relação à proteína
?
Dr Eric Slywitch:
Esse é um dos grandes mitos sobre
o vegetarianismo. Se o indivíduo atinge as suas necessidades
calóricas com alimentos baseados em grãos, automaticamente
a sua cota protéica com todos os aminoácidos
essenciais é atingida. Os maiores estudos sobre o assunto
(meta-análise) demonstram que não há diferença
na incorporação da proteína no corpo quando
ela é proveniente do reino animal ou vegetal.
Existem marcadores sanguíneos que podem ser dosados
para verificar o "estado protéico" da pessoa.
A albumina sanguínea é um deles. Veganos têm
níveis sanguíneos significativamente mais altos
do que não vegetarianos, evidenciando um ótimo
perfil de nutrição protéica.
Mirela: É necessário fazer suplementação
de vitaminas, minerais ou proteínas ao se tornar vegetariano
?
Dr Eric Slywitch: Se a sua alimentação for bem
planejada e incluir ovos e/ou leite regularmente não é necessário
nenhum suplemento. Caso todos os derivados animais sejam excluídos
da dieta deve-se ficar atento à vitamina B12, suplementando-a
se necessário (leia mais no tópico de nutrição
do site: www.guiavegano.com).
É indiscutível a suplementação de
vitamina B12 durante a gestação, lactação
e infância.
Mirela: A alimentação vegetariana e compatível
com uma atividade física intensa ?
Dr Eric Slywitch: Sim, claro ! A partir do momento que uma
dieta supre todos os nutrientes essenciais não há motivos
para qualquer limitação.
Mirela: Segundo pesquisas, alimentos
vegetarianos não
contém vitamina B12, importante para para o sistema
nervoso e presente nos produtos de origem animal. O vegetariano
deve suprir essa vitamina na forma de cápsulas ou ela
não é essencial ao organismo ? E aqueles que
também não consomem leite e ovo ?
Dr Eric Slywitch: A vitamina B12 está realmente apenas
presente nos alimentos de origem animal em quantidade significativa.
Devemos lembrar que leite, queijos e ovos são de origem
animal e contém essa vitamina. A maioria dos vegetarianos
utiliza esses alimentos. Se o uso deles for regular não é necessário
utilizar suplementos.
Para aqueles que excluem todos os derivados animais deve-se
utilizar alimentos fortificados com B12 ou suplementação
por via oral.
Mirela: Uma criança pode se alimentar apenas com alimentos
macrobióticos ? E uma mulher grávida ?
Dr Eric Slywitch: A dieta macrobiótica também
exige atenções especiais. Ela não inclui
leite e derivados, mas pode utilizar ocasionalmente carnes
brancas e ovos. Pela pequena quantidade utilizada não
garante a oferta de B12.
Crianças, gestantes e adultos macrobióticos devem
receber suplementação de B12. Quanto aos demais
nutrientes, é possível obtê-los na dieta
macrobiótica, mas deve haver bastante atenção
pois esse tipo de dieta não apresenta uma grande variedade
de grupos alimentares, já que é constituída
de pelo menos 60% de cereais integrais. Devido ao fato de utilizar
quase todos os alimentos cozidos deve-se estar atento às
vitaminas que se perdem com o aquecimento, principalmente à vitamina
C.