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Nutrição

nutricao vegana

Germinados

Os alimentos germinados têm ganhado espaço nas dietas vegetarianas. No entanto, as informações errôneas a respeito do seu valor nutricional são marcantes. Vamos clarear esse assunto.

Valor energético

Para a nutrição, energia significa caloria.

Para o olhar espiritualista, o valor energético pode ser associado com a energia sutil que o alimento traz.

Nesse texto, não faço referência à energia sutil do alimento, pois esse enfoque foge aos métodos utilizados pela ciência atual na avaliação dos alimentos.

Conversaremos sobre os valores nutricionais bioquímicos, referentes aos macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras), vitaminas e minerais dos germinados.

Do grão à planta adulta

A germinação é o início de um processo que leva a semente a se tornar uma planta. Nesse processo, os seus valores nutricionais são intensamente modificados.

Enquanto a semente não consegue retirar nutrientes do solo (pela raiz) e nem realizar o processo de fotossíntese (pelas folhas), ela conta com a utilização dos nutrientes que estão no seu interior. Consequentemente ocorre redução dos teores dos nutrientes.

A redução do ácido fítico

O ácido fítico é um composto que dificulta a absorção pelo nosso organismo do ferro, cálcio e zinco presentes no alimento ingerido. Ele é encontrado nas sementes que brotam (cereais integrais, feijões, oleaginosas...).

O ácido fítico é uma reserva energética da semente, e é consumido no início da germinação, onde há necessidade de energia para o processo. Em 12 a 24 horas do início do processo de germinação (contado a partir do momento que a semente é colocada na água), a quantidade desse ácido já é reduzida a ponto de não mais prejudicar a absorção desses três minerais.

Assim, um dos processos mais interessantes na germinação, em termos nutricionais, é a redução do ácido fítico, que faz com que a absorção de ferro, cálcio e zinco seja mais fácil pelo nosso organismo.

O perfil geral dos nutrientes

De forma geral, manter o grão em processo de germinação por mais tempo, leva a um empobrecimento de quase todos os seus nutrientes.

O ganho de nutrientes costuma ser mais acentuado com relação ao sódio, vitamina C, vitamina A, e às vezes outras vitaminas do complexo B.

O teor de proteínas, assim como da maioria das vitaminas e minerais sofrem reduções muito importantes. Confira na tabela abaixo.

 

Valor Nutricional dos alimentos antes e depois da germinação.
Fonte: Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América
Alimento TRIGO
Forma Grão Cru Grão Germinado % de perda % de ganho
Quantidade (gramas) 100 100
Energia (quilocalorias) 339 198 41,6
MACRONUTRIENTES:
Proteína (g) 13,68 7,49 45,2
Lipídio (g) 2,47 1,27 48,6
Carboidrato (g) 71,13 42,53 40,2
MINERAIS:
Cálcio (mg) 34 28 17,6
Ferro (mg) 3,52 2,14 39,2
Magnésio (mg) 144 82 43,1
Fósforo (mg) 508 200 60,6
Potássio (mg) 431 169 60,8
Sódio (mg) 2 16 700,0
Zinco (mg) 4,16 1,65 60,3
Cobre (mg) 0,553 0,261 52,8
Manganês (mg) 3,012 1,858 38,3
Selênio (mg) 89,4 42,5 52,5
VITAMINAS:
Vitamina C (mg) 0 2,6 mais de 160
B1 (mg) 0,419 0,225 46,3
B2 (mg) 0,121 0,155 28,1
B3 (mg) 6,738 3,087 54,2
B5 (mg) 0,935 0,947 1,3
B6 (mg) 0,419 0,265 36,8
B9 (mg) 43 38 11,6
B12 (mg) 0 0 0 0
A (UI) 0 0 0 0
TIPOS DE GORDURAS:
Saturada (g) 0,454 0,206 54,6
Monoinsaturada (g) 0,344 0,151 56,1
Poliinsaturada (g) 0,978 0,557 43,0
Ômega-6 (g) 0,93 0,531 42,9
Ômega-3 (g) 0,048 0,026 45,8
Alimento LENTILHA
Forma Grão Cru Grão Germinado % de perda % de ganho
Quantidade (gramas) 100 100
Energia (quilocalorias) 353 106 70,0
MACRONUTRIENTES:
Proteína (g) 25,8 8,96 65,3
Lipídio (g) 1,06 0,55 48,1
Carboidrato (g) 60,08 22,14 63,1
MINERAIS:
Cálcio (mg) 56 25 55,4
Ferro (mg) 7,54 3,21 57,4
Magnésio (mg) 122 37 69,7
Fósforo (mg) 451 173 61,6
Potássio (mg) 955 322 66,3
Sódio (mg) 6 11 83,3
Zinco (mg) 4,78 1,51 68,4
Cobre (mg) 0,519 0,352 32,2
Manganês (mg) 1,33 0,506 62,0
Selênio (mg) 8,3 0,6 92,8
VITAMINAS:
Vitamina C (mg) 4,4 16,5 275,0
B1 (mg) 0,873 0,228 73,9
B2 (mg) 0,211 0,128 39,3
B3 (mg) 2,605 1,128 56,7
B5 (mg) 2,14 0,578 73,0
B6 (mg) 0,54 0,19 64,8
B9 (mg) 479 100 79,1
B12 (mg) 0 0 0 0
A (UI) 39 45 15,4
TIPOS DE GORDURAS:
Saturada (g) 0,156 0,057 63,5
Monoinsaturada (g) 0,189 0,104 45,0
Poliinsaturada (g) 0,516 0,219 57,6
Ômega-6 (g) 0,404 0,181 55,2
Ômega-3 (g) 0,109 0,038 65,1
Alimento ERVILHA
Forma Grão Cru Grão Germinado % de perda % de ganho
Quantidade (gramas) 100 100
Energia (quilocalorias) 341 124 63,6
MACRONUTRIENTES:
Proteína (g) 24,55 8,8 64,2
Lipídio (g) 1,16 0,68 41,4
Carboidrato (g) 60,37 27,11 55,1
MINERAIS
Cálcio (mg) 55 36 34,5
Ferro (mg) 4,43 2,26 49,0
Magnésio (mg) 115 56 51,3
Fósforo (mg) 366 165 54,9
Potássio (mg) 981 381 61,2
Sódio (mg) 15 20 33,3
Zinco (mg) 3,01 1,05 65,1
Cobre (mg) 0,866 0,272 68,6
Manganês (mg) 1,391 0,438 68,5
Selênio (mg) 1,6 0,6 62,5
VITAMINAS:
Vitamina C (mg) 1,8 10,4 477,8
B1 (mg) 0,726 0,225 69,0
B2 (mg) 0,215 0,155 27,9
B3 (mg) 2,889 3,088 6,9
B5 (mg) 7,758 1,029 86,7
B6 (mg) 0,174 0,265 52,3
B9 (mg) 274 144 47,4
B12 (mg) 0 0 0 0
A (UI) 149 166 11,4
TIPOS DE GORDURAS:
Saturada (g) 0,161 0,124 23,0
Monoinsaturada (g) 0,242 0,061 74,8
Poliinsaturada (g) 0,495 0,326 34,1
Ômega-6 (g) 0,411 0,265 35,5
Ômega-3 (g) 0,084 0,061 27,4

 

A dieta crudivorista

Para compensar o empobrecimento dos grãos germinados, a pessoa que segue uma dieta crua deve utilizar um maior volume desses alimentos para a obtenção dos nutrientes.

Isso pode ser bastante interessante para os que querem perder peso, pois há possibilidade de uma maior ingestão de alimentos (em quantidade) obtendo um menor teor calórico.

Para atingir o mesmo valor nutricional do alimento não germinado, frequentemente é necessário comer o dobro, ou mais, da quantidade do grão germinado.

A adoção de uma dieta crudívora pode ser perfeitamente compatível com as necessidades nutricionais do indivíduo quando bem planejada e levada em conta as diferenças nutricionais e o empobrecimento que a germinação ocasiona.

 

Fonte: www.alimentacaosemcarne.com.br

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Vegetarianismo

De forma genérica, vegetariano é o indivíduo que não utiliza nenhum tipo de carne (vermelhas ou brancas) na sua dieta.

Vegetarianismo é sinônimo de alimentação sem carne. Essa é a característica comum de todos os vegetarianos.

O vegetariano pode ou não utilizar derivados animais na sua alimentação.

Ovo-lactovegetariano: é o vegetariano que utiliza ovos, leite e laticínios na sua alimentação.

Lactovegetariano: é o vegetariano que não utiliza ovos, mas faz uso de leite e laticínios.

Vegetariano estrito: é o vegetariano que não utiliza nenhum derivado animal na sua alimentação. É também conhecido como vegetariano puro.

Vegano: é o indivíduo vegetariano estrito que recusa o uso de componentes animais não alimentícios, como vestimentas de couro, lã e seda, assim como produtos testados em animais. Em inglês você vai encontrar o termo "vegan" como referência a esse indivíduo. No Brasil esse termo foi traduzido como vegano.

Crudivorista: é, na grande maioria dos casos, um vegetariano estrito que utiliza alimentos crus, ou aquecidos no máximo a 42oC. Alguns podem aceitar leite cru e carne crua também, descaracterizando o termo vegetariano estrito. A utilização de alimentos em processo de germinação (cereais integrais, leguminosas e olegainosas) é comum nessa dieta. Diferente do que se pode imaginar, essa dieta apresenta preparações bastante sofisticadas e saborosas.

Frugivorismo: vegetariano estrito que utiliza apenas frutos na sua alimentação. O conceito de "frutos", nesse caso, segue a definição botânica, que inclui os cereais, alguns legumes (abobrinha, beringela...), oleaginosos e as frutas.

Macrobiótico: designa uma forma de alimentação que pode ou não ser vegetariana. O macrobiótico tem um tipo de alimentação específica, baseada em cereais integrais, com um sistema filosófico de vida bastante peculiar e caracterizado. A dieta macrobiótica, diferentemente das vegetarianas, apresenta indicações específicas quanto à proporção dos grupos alimentares a serem utilizados. Essas proporções seguem diversos níveis, podendo ou não incluir as carnes (geralmente brancas). A macrobiótica não recomenda o uso de leite, laticínios ou ovos.

Semi-vegetariano: indivíduo que faz uso de carnes, geralmente brancas, em menos de 3 refeições por semana. Alguns consideram essa terminologia quando em apenas uma refeição por semana. Esse termo ganha importância nos estudos científicos, na comparação dos efeitos à saúde entre vegetarianos e onívoros, já que, teoricamente, o semi-vegetariano consome carne, mas menos do que um onívoro. Atenção: esse indivíduo não é vegetariano.

Onívoro: é o indivíduo que aceita qualquer tipo de alimento na sua dieta.

 

Fonte: www.alimentacaosemcarne.com.br

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Vitaminas

Vitaminas são compostos orgânicos presentes naturalmente nos alimentos. Elas se encontram em pequenas e diferentes quantidades e são fundamentais para o metabolismo normal.

As vitaminas possuem funções corporais específicas.

A falta de uma vitamina causa prejuízos ao bom funcionamento do organismo.

Algumas vitaminas, quando em excesso, apresentam efeitos tóxicos.

As vitaminas são divididas em 2 grandes grupos:

1- Insolúveis em água, ou solúveis em gordura (lipossolúveis): vitaminas A, D, E e K.

2- Solúveis em água (hidrossolúveis): vitaminas do Complexo B e Vitamina C.

Há compostos com atividades ainda não completamente elucidadas, como colina, inositol, ácido pangâmico, ácio orótico, vitamina U, vitamina F.

 

Fonte: www.alimentacaosemcarne.com.br

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Minerais

minerais

Minerais são compostos com funções essenciais ao organismo.

Eles podem atuar isoladamente ou fazendo parte de compostos, como hormônios, enzimas, secreções e proteínas.

Eles podem ter ação sinérgica entre si. Assim, o excesso ou deficiência de um pode interferir no metabolismo do outro.

Eles podem ser classificados como se segue:

Eletrólitos

Sódio, potássio, cloro.

Macronutrientes ou minerais

Cálcio, magnésio, fósforo e enxofre

Micronutrientes essenciais ou elementos-traços

Ferro, cobre, zinco, selênio, cromo, iodo, manganês, molibdênio e níquel.

Elementos ultratraços

Cobalto, flúor, silício, vanádio, estanho, chumbo, mercúrio, boro, estrôncio, lítio, cádmio e arsênico.

 

Fonte: www.alimentacaosemcarne.com.br

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Colesterol elevado

As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no Brasil.

As suas manifestações mais conhecidas são o infarto agudo do miocárdio (músculo cardíaco), insuficiência cardíaca e morte súbita.

A redução dos níveis sanguíneos de colesterol é ima intervenção eficaz na redução do surgimento das doenças cardiovasculares. Estudos demonstram que para cada redução de 10% de colesterol no sangue, há uma redução de 15% do risco de morte por doenças cardiovasculares.

Autor: Dr Eric Slywitch

Dislipidemias (alteração das gorduras no sangue)
No Brasil, o excesso de colesterol no sangue (definido como um valor maior do que 200 mg/dL) ocorre em 38% dos homens e 42% das mulheres. Os níveis mais elevados são encontrados nos idosos e nas mulheres.
Uma reunião de 9 estudos, apontou uma redução do colesterol em 14% nos ovolactovegetarianos e 35% nos vegetarianos estritos quando comparados com os onívoros.
Outro estudo, reunindo 76.000 pessoas demonstrou que, quando comparado com os onívoros, os vegetarianos apresentavam redução de mortalidade por doenças cardiovasculares em 31% nos homens e 20% nas mulheres.

Que é o colesterol?
O colesterol não é um componente do mal. Ele é vital para o funcionamento do organismo, desempenhando diversas funções, fazendo parte das membranas das células e sendo utilizado como matéria-prima para a produção de vitamina D e outros hormônios.
O problema é quando ele está em excesso, ou quando os seus transportadores estão desbalanceados!

Importante
A maior fonte de colesterol no organismo é a produção pelo nosso fígado. Isso mesmo! Cerca de 80% do colesterol que circula no organismo de um onívoro foi produzido pelo fígado e cerca de 20% vem da dieta.
Portanto, tão importante quanto reduzir a ingestão de colesterol, é ajustar a produção dele pelo fígado.

Colesterol bom e ruim
Você já deve ter ouvido falar que existe o colesterol bom e o ruim, não ouviu? Isso é mentira! Colesterol é colesterol, não tem um tipo bom e outro ruim. O que existe são transportadores de colesterol diferentes no sangue. Como esses transportadores são proteínas (que carregam os lipídios), são chamados de lipoproteínas.
É importante que não haja muita gordura no sangue, pois isso pode acelerar a obstrução de vasos sanguíneos.
A lipoproteína que leva o colesterol dos depósitos para o sangue é a LDL (low density lipoprotein), sendo popularmente conhecida como o colesterol ruim.
A lipoproteína que leva o colesterol do sangue para os depósitos é a HDL (high density lipoprotein), popularmente conhecida como colesterol bom, já que "limpa" o colesterol circulante.
Portanto, é bom termos o LDL baixo e o HDL alto.

A formação da placa de gordura nos vasos sanguíneos
A formação de placas de gordura nos vasos sanguíneos tem relação com o colesterol em excesso circulante.
A longo prazo isso pode causar uma obstrução ao fluxo de sangue e ao local que esse vaso irriga. Imagine isso ocorrendo num vasinho do coração. O local que esse vasinho levava sangue ao músculo cardíaco fica sem oxigênio (já que é através do sangue que o oxigênio é levado aos tecidos), ocorrendo o sofrimento e até a morte dessa musculatura. Isso é um infarto agudo do miocárdio.

A aterosclerose é um processo silencioso
A progressão do entupimento dos vasos é um processo que não traz sintoma algum. Metade das pessoas têm a sua primeira manifestação através de um infarto. Não descuide! Faça anualmente uma avaliação médica e a dosagem dos níveis sanguíneos do colesterol.

Avaliação laboratorial das dislipidemias
Para a avaliação é necessário que você esteja em jejum por 12 a 14 horas por causa dos triglicérides. Avaliamos os níveis de colesterol total, HDL, LDL e dos triglicérides do sangue.

As minhas gorduras no sangue estão alteradas. O que devo fazer?
A primeira atitude é se abrir para modificar o seu estilo de vida e a alimentação.

TERAPIA NUTRICIONAL

A IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia de 2007 é bastante enfática nas modificações no estilo de vida.

Colesterol e gorduras saturadas
As gorduras (tipo e quantidade) presentes nos alimentos influenciam os níveis de colesterol no sangue.
Existe um limite na absorção intestinal do colesterol ingerido. A maioria da população absorve metade do colesterol ingerido, enquanto pequena parte absorve maior quantidade. O colesterol é encontrado apenas em alimentos de origem animal.
Já a absorção de gordura saturada é ilimitada. A sua ingestão promove impacto negativo nos níveis de colesterol. Para reduzi-la, restrinja a ingestão de gordura animal.
Reduza a ingestão de ácido láurico (óleo de coco), ácido mirístico (gorduras animais, óleo de coco, leite e derivados) e ácido palmítico (gorduras animais e azeite de dendê).

Ácidos graxos insaturados
A substituição (mantendo o mesmo número de calorias) de gordura saturada por gorduras poliinsaturadas (principalmente ômega-6, encontrado no óleo de soja, milho e girassol) reduz o colesterol total e o LDL. O inconveniente do ômega-6 é que ele reduz o HDL, se utilizado em grande quantidade.
O ômega-3 (linhaça, canola e soja) reduz os triglicérides e também a viscosidade do sangue; tem um efeito antiinflamatório e previne trombose.
O ômega-9 (azeite de oliva, canola, abacate, nozes, amêndoas) atua da mesma forma que o ômega-6, mas tem um efeito mais adequado por reduzir o colesterol total e o LDL, mas sem reduzir o HDL.

Ácidos graxos trans
São formados durante o processo de hidrogenação de óleos vegetais.
Eles elevam os triglicéride e o LDL e reduzem o HDL, ou seja: tudo de ruim!!
Muito cuidado com a gordura vegetal hidrogenada: sorvetes cremosos, chocolates, pães recheados, molhos prontos para salada, sobremesas cremosas, biscoitos recheados, alimentos crocantes (nuggets, croissants, tortas), bolos industrializados, margarinas duras e "fast foods".

Fibras
As fibras chamadas solúveis (feijões, aveia, cevadinha, maçã) reduzem o tempo de trânsito intestinal e a absorção do colesterol. O farelo de aveia é um dos alimentos mais ricos nesse tipo de fibra. Um fato interessante desse tipo de fibra é que quando elas chegam ao intestino grosso, as bactérias a utilizam e produzem alguns tipos de gorduras que chamamos de ácidos graxos de cadeia curta. Esses ácidos são absorvidos, vão até o fígado e reduzem a produção de colesterol que ele sintetiza.

Fitoesteróis
São encontrados apenas em vegetais.
Eles competem com o colesterol para serem absorvidos, reduzindo assim a absorção do colesterol. A ingestão necessária para reduzir em 10 a 15% o LDL é de 2 g/dia. Uma dieta onívora balanceada fornece 200 a 400 mg de fitoesteróis. Não dispomos de dados com relação à ingestão em dietas vegetarianas.

Proteína de soja
A ingestão de 25 gramas por dia de proteína de soja reduz o LDL do sangue em 6%.

Antioxidantes
Os antioxidantes são fundamentais para manter as lipoproteínas íntegras e evitar que a gordura que elas carregam sejam "jogadas" nos vasos sanguíneos.
Os flavonóides (qüercitina, campferol, miricetina e crisina) são antioxidantes encontrados em diversos alimentos (verduras, cereja, amora, uva, morango, jabuticaba, grãos, sementes, castanhas, condimentos, ervas, suco de uva, vinho e chá).
Outros antioxidantes são as vitaminas E, C e o beta-caroteno.
A alimentação adequada é considerada a melhor forma de adquirir esses componentes, não havendo recomendação sistematizada para suplementação.

Café
Os grãos de café contém duas substâncias (cafestol e Kahweol) que elevam o colesterol. Quando se faz o café e ele é coado em filtro de papel, parte dessas substâncias são separadas da bebida.
O café feito em coador de pano, ou do tipo expresso não deve ser utilizado.

Álcool
Deve ser completamente abolido para quem tem triglicérides elevado.
Com relação ao colesterol, parece ter efeito positivo (aumentando o HDL e inibindo a agregação plaquetária) quando consumido com moderação (350 mL de cerveja, 30 mL de destilado e 100 mL de vinho por dia).
Muita atenção aqui! Apesar desse efeito positivo sobre o colesterol, o efeito do álcool é desastroso sobre o açúcar no sangue (diabéticos), aumenta a pressão arterial, causa alterações gastrointestinais, câncer de pâncreas e cirrose.

ATIVIDADE FÍSICA
A atividade física aeróbia, praticada regularmente, reduz os níveis sanguíneos de triglicérides e aumenta o de HDL. Os níveis de LDL não são modificados de forma significativa, mas a sua renovação no sangue é mais rápida, o que também reduz o risco de doenças cardiovasculares. Seria algo como "não deixar o LDL ficar velho".
Pessoas que têm problemas cardiovasculares devem praticar atividade física supervisionados por uma equipe multiprofissional.

Quando entra a medicação no tratamento do colesterol elevado?
A medicação deve ser instituída em duas condições:
a) Quando as modificações no estilo de vida não apresentam efeito satisfatório na redução do colesterol;
b) quando o risco à saúde da pessoa é elevado a ponto de não podermos aguardar o tratamento baseado na alimentação e estilo de vida surtir efeito.
Durante o uso da medicação as medidas comportamentais e nutricionais sempre devem ser seguidas. Medicação não significa poder voltar a se alimentar inadequadamente.

 

Fonte: www.alimentacaosemcarne.com.br

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